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Regime sírio aceita conversar com opositores, mas impõe condição

postado em 14/08/2012 07:54
Rebeldes armados do Exército Sírio Livre exibem suposto piloto de caça, capturado no leste do país
No dia da queda de um caça do Exército de Bashar Al-Assad no leste da Síria -- segundo rebeldes, ele foi abatido por tiros de metralhadoras do Exército Sírio Livre (ESL) -- e em meio a críticas de violações dos direitos humanos para ambos os lados, o regime sírio teria concordado em dialogar com os revolucionários. O anúncio, feito ontem pelas agências de notícias de Teerã, foi proferido pelo embaixador sírio no Irã, Hamed Hassan. "O governo de Al-Assad quer saudar discussões coerentes com partidos da oposição síria, sob a condição de que as discussões ocorram sob a supervisão do presidente", disse. A afirmação coincidiu com o pedido de Ban Ki-moon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), por um diálogo político pelo fim da violência no país.

[SAIBAMAIS]Para Hamwi Hor, representante do ESL, ninguém no país crê que tal intenção seja real. "Apesar de, politicamente, um diálogo ser a melhor solução para o país, esse diálogo não vai existir. Al-Assad é um mentiroso. O povo, que sofre há 17 meses, não aceitará um diálogo supervisionado por ele. O ESL jamais concordaria", disse Hor, em entrevista por e-mail. O ativista, baseado em Damasco, contou que os bombardeios na capital se intensificaram. De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), além dos confrontos na região do sul de Damasco, o Exército começou uma campanha de revistas e de perseguição. Pelo menos 22 pessoas teriam sido presas nas investigações.



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