postado em 16/08/2012 08:39
A secretária-geral adjunta da Organização das Nações Unidas (ONU) para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, disse nesta quinta-feira (16/8) que a situação na Síria está ;cada vez mais instável;. Há 17 meses, o país está imerso em uma crise gerada por contestações contra o governo e reprimida pelo presidente sírio, Bashar Al Assad. Segundo Amos, cerca de 2,5 milhões de sírios vivem em situação de carência.Na relação de 2,5 milhões de pessoas em situação de carência, a ONU inclui os refugiados, os que tiveram de deixar suas casas e os que perderam suas moradias. "Visitei diversas escolas aqui em Damasco que acolhem deslocados. Vários deles perderam suas casas;, disse Amos.
[SAIBAMAIS]Para a secretária, as agências da ONU na Síria e os parceiros locais não podem resolver isoladamente a questão humanitária na Síria. Segundo ela, é fundamental dar mais acesso ao apoio prestado pelas organizações humanitárias. "O governo está muito preocupado com um possível apoio das organizações não governamentais, que classifica como grupos rebeldes. O meu trabalho é tentar persuadi-lo de que não é esse o caso e que o nosso trabalho é ajudar os sírios comuns;, disse a representante das Nações Unidas, que hoje segue para o Líbano. "Devemos poder ter acesso a todas as pessoas, estejam elas onde estiverem;, insistiu.
Pelos dados mais recentes, além dos deslocados no interior da Síria pelo menos 157.600 pessoas fugiram do país para o Líbano, a Jordânia, Turquia e o Iraque. Há ainda falta de alimentos, eletricidade e medicamentos.