Rodrigo Craveiro
postado em 17/08/2012 08:39
O gesto de desafio tácito aos Estados Unidos, ao Reino Unido e, de quebra, à Suécia, detonou uma crise diplomática imprevisível. O Equador ignorou as ameaças do governo britânico e concedeu asilo diplomático ao australiano Julian Assange. O homem que expôs os segredos das grandes potências em seu site WikiLeaks está refugiado na embaixada equatoriana em Londres, desde 19 de junho. Para deixar o local, ele depende de um salvo-conduto. ;Não autorizaremos Assange a sair do Reino Unido. Não existe base legal que nos obrigue a fazê-lo;, afirmou o chanceler William Hague, sob a justificativa de que a imunidade diplomática não deve ser usada para ;dar refúgio; a delinquentes. Londres pretende cumprir a promessa firmada com Estocolmo e extraditar Assange à Suécia, que o acusa de agressão sexual.
[SAIBAMAIS]Ante a recusa do Reino Unido em garantir a liberdade do ativista, o Equador convocou uma reunião de emergência dos chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para domingo. ;O Brasil foi convocado (;) para examinar o caso, e ainda não decidiu se irá o chanceler (Antonio Patriota) ou outro representante;, declarou à agência France-Presse um funcionário do Itamaraty. Os países-membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) também se reuniram ontem, em Washington. Quito acusa Londres de planejar uma invasão à embaixada.
Confira abaixo três comunicados da chancelaria do Equador (em espanhol):