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Negociações diplomáticas prosseguem para resolver o caso Assange

Londres - As negociações diplomáticas eram mantidas nesta sexta-feira (17/8) para tentar encontrar uma solução para o caso Assange, o fundador do Wikileaks que ainda está refugiado na embaixada do Equador em Londres com seu destino incerto, apesar do asilo fornecido por Quito.

Vinte policiais britânicos continuam de guarda em frente ao edifício da representação diplomática equatoriana, que se transformou em uma prisão de luxo para o australiano desde 19 de junho.

Duas viaturas da polícia também estão estacionadas próximo ao prédio, não muito longe de uma dúzia de partidários de Assange que passaram a noite no local, dormindo em caixas de papelão para "montar guarda".

"A tática britânica de intimidação continua", comentou o Wikileaks no Twitter.

Se Assange arriscar sair da embaixada, será imediatamente preso sob um mandado de prisão emitido pela Suécia, no contexto de um caso de estupro e agressão sexual, acusações que ele nega.



Uma partida escondido em um contêiner marcado como "mala diplomática"? O subterfúgio já havia sido tentado, sem sucesso, em 1984 no Reino Unido por um ex-ministro nigeriano. Os pacotes diplomáticos passam, de qualquer maneira, pelo raios-X.

Resta a hipótese de o Equador dar a Assange um estatuto diplomático ou de representante da ONU. Mas Quito "tem a obrigação de respeitar as leis do Reino Unido", como observou o jornal Guardian. E a Scotland Yard "já prendeu muitos diplomatas", lembrou a BBC.