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Equador busca apoio dos países da Unasul sobre caso Assange

Agência France-Presse
postado em 19/08/2012 14:19
GUAYAQUIL - O Equador espera receber neste domingo o apoio dos países sul-americanos da Unasul em uma cúpula de chanceleres na cidade equatoriana de Guayaquil (sudoeste), depois que Quito denunciou uma ameaça britânica de invadir sua embaixada em Londres para prender Julian Assange.

Espera-se que os representantes dos dez países que comparecerão à reunião emitam um pronunciamento de apoio a Quito no conflito gerado com a Grã-Bretanha depois que o país concedeu asilo diplomático ao fundador do WikiLeaks.

Assange, por sua vez, pronunciou neste domingo um discurso a partir da sacada da embaixada equatoriana em Londres, no qual agradeceu ao presidente Rafael Correa sua decisão de conceder asilo diplomático.

As deliberações da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) começam às 14h30 locais (16h30 de Brasília) e um pronunciamento está previsto ao final da reunião, às 17h30 locais (19h30 de Brasília), de acordo com o programa divulgado pela chancelaria equatoriana.

No sábado, os governo de Brasil e Argentina adiantaram que sua posição será em defesa da inviolabilidade da embaixada equatoriana, segundo declarações feitas pelas chancelarias.

"Quem vai à reunião da Unasul é o subsecretário-geral da América do Sul, Antonio Simões", confirmou um porta-voz do ministério das Relações Exteriores brasileiro à AFP.

O porta-voz também informou que a posição do Brasil é de solidariedade com o Equador na defesa da inviolabilidade de sua representação diplomática na Grã-Bretanha.

Já a Argentina, através de um comunicado, expressou seu apoio ao governo do Equador e criticou as ameaças da Grã-Bretanha de invadir a embaixada.

"A Argentina solicita ao Reino Unido que retire sua ameaça e aceite sua obrigação de respeitar a Convenção de Viena, como se comprometeu em 1961", diz o comunicado.

O governo da Argentina considera que "a ameaça feita de forma escrita pela embaixada britânica em Quito volta a colocar em evidência a política do Reino Unido de ignorar as resoluções dos órgãos multilaterais, bem como as normas e leis do direito internacional", completou.

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