Agência France-Presse
postado em 20/08/2012 11:55
Washington - Um deputado republicano provocou nesta segunda-feira (20/8) uma onda de críticas depois de ter afirmado que raramente uma mulher engravida depois de sofrer um estupro.Ao explicar sua oposição total ao aborto - também em casos de estupro -, Todd Akin, membro da Comissão de Ciências do Congresso e candidato a senador pelo estado central de Missouri, afirmou que "os casos de gravidez depois de um estupro são muito raros".
"Se for um verdadeiro estupro, o corpo da mulher tenta por todos os meios bloquear isso", acrescentou. "Nos casos em que isso acontecer (...) o castigo deve recair no estuprador e não na criança", acrescentou Akin, que já foi eleito seis vezes e é apoiado pelos ultraconservadores do "Tea Party".
[SAIBAMAIS]Tanto o candidato republicano à presidência Mitt Ronmey como seu companheiro de chapa Paul Ryan imediatamente tomaram distância das declarações do deputado. "O governador Romney e o deputado Ryan não estão de acordo com as declarações de Akin e uma administração Romney-Ryan não se oporia ao aborto em caso de estupro", indica um comunicado da equipe de campanha.
Claire McCaskill, atual senadora democrata pelo Missouri e candidata à reeleição, se declarou chocada. "Que alguém possa ignorar a tal ponto o traumatismo físico e emocional que provoca um estupro é ralmente incompreensível", enfatizou. Akin admitiu, em um comunicado posterior, ter cometido uma infâmia e que suas declarações não refletem "a profunda empatia que sente pelas milhares de mulheres que todos os anos são vítimas de estupro".