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Jornalista japonesa é morta enquanto cobria confrontos em Aleppo

Agência France-Presse
postado em 20/08/2012 19:42
Uma jornalista japonesa foi morta nesta segunda-feira (20/8) quando cobria os confrontos em Aleppo, enquanto dois repórteres árabes e um terceiro turco foram considerados desaparecidos nesta cidades, indicou o OSDH.

A jornalista japonesa foi morta em Sleiemane al-Halabi, bairro do leste de Aleppo onde violentos combates eclodiram nesta manhã entre tropas do governo e rebeldes. A ONG, com sede na Grã-Bretanha, indica apenas que um dos dois repórteres árabes é uma libanesa e o outro é um jornalista árabe que trabalha para uma empresa americana.

"Foi ferida com gravidade nesta segunda-feira quando cobria os enfrentamentos em Sleiman al-Halabi, travados desde ontem (domingo). Nós a levamos para um hospital, onde faleceu devido aos seus ferimentos", explicou Rami Abdel Rahman, presidente do OSDH, baseando-se em fontes médicas desse hospital.

"Muito provavelmente, foi atingida por um projétil", acrescentou.

O presidente do Observatório não revelou maiores detalhes sobre os jornalistas desaparecidos.

Em um vídeo postado no YouTube por ativistas é possível ver o corpo de uma mulher em uma sala, apresentado como o da jornalista japonesa morta pelas milícias leais ao regime. O braço direito da vítima apresenta um ferimento e, ao seu lado, um homem de aspecto asiático parece pedir ajuda a um médico.

A AFP não pôde confirmar essas informações, nem a autenticidade do vídeo de maneira independente.

Exatamente um mês depois do início da batalha de Aleppo, os rebeldes levaram nesta segunda-feira os combates para o centro da cidade, enfrentando o Exército próximo ao tribunal militar e à sede do partido governante Baath, dois símbolos do regime de Assad, segundo o OSDH.

Um comandante do Exército Sírio Livre, formado por desertores e civis armados, afirmou que os rebeldes "entraram e tomaram o controle" de setores centrais, como são Al-Tilal, Al-Maadi e Jdaidé.



Já na capital, eclodiram enfrentamentos em bairros do leste e do sul, hostis ao regime, como Joubar (leste) e Tadamoun (sul), segundo o OSDH.

E no sul do país, a cidade de Herak, onde insurgentes se entrincheiraram, enfrenta uma situação humanitária catastrófica, já que não recebe alimentos e medicamentos, segundo o Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão opositora.

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