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Correa diz que pode negar extradição de bielorrusso refugiado no Equador

Agência France-Presse
postado em 22/08/2012 22:25
Quito - O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou nesta quarta-feira (22/8) que pode negar a extradição do bielorrusso Aliaksandr Barankov, refugiado em seu país, mas que foi solicitado por Minsk, que aguarda uma decisão da Suprema Corte Nacional de Justiça.

Correa afirmou que, depois que a Corte decidir sobre a solicitação de Belarus, poderá, "caso tenha sido favorável a decisão quanto a extraditar a pessoa solicitada, retificar ou negar essa extradição em última instância", afirmou em uma entrevista coletiva a correspondentes estrangeiros.

No entanto, o mandatário disse que não quer se pronunciar sobre um caso que ainda está sendo tratado pela justiça equatoriana.

A Corte Nacional do Equador deve decidir nos próximos dias sobre um pedido de extradição de Barankov, um militar e blogueiro a quem Quito concedeu o status de refugiado em 2010.

Segundo o seu advogado Fernando Lara, o bielorrusso pode ser condenado à morte em seu país por traição à pátria.

Barankov, de 30 anos, é procurado pela Interpol por supostos crimes de fraude em seu país.



O caso de Barankov foi reativado menos de uma semana depois de o governo de Rafael Correa ter concedido asilo diplomático ao australiano Julian Assange, fundador do site Wikileaks, refugiado há dois meses na embaixada equatoriana em Londres.

O Equador aceitou os argumentos de Assange de que poderá enfrentar a pena capital nos Estados Unidos pela divulgação em seu portal de centenas de milhares de documentos sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão e de comunicados confidenciais do Departamento de Estado.

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