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Assange participa por telefone de reunião da esquerda radical francesa

Agência France-Presse
postado em 24/08/2012 16:29
Saint-MArtin-d;H;res-O fundador do WikiLeaks Julian Assange, refugiado na embaixada do Equador em Londres, participou nesta sexta-feira por telefone de uma reunião do ex-candidato à Presidência francesa pela esquerda radical Jean-Luc Mélenchon, constatou um jornalista da AFP.

"A França foi um país importante para o Wikileaks", declarou Assange em sua participação em inglês. "Uma parte da imprensa francesa esteve do nosso lado", acrescentou.

A comunicação foi interrompida várias vezes e Assange, que mencionou "cortes de energia" na embaixada, não pôde terminar sua declaração.

Apesar disso, ele se referiu à reunião dos chanceleres da Organização dos Estados Americanos (OEA) que está sendo realizada nesta sexta-feira para discutir se apoia o Equador no caso Assange.

O fundador de Wikileaks saudou este novo impulso "no espírito de independência da América Latina" e o "grande momento de solidariedade".



Assange foi contatado pelos organizadores desta reunião do Partido de Esquerda, realizada próximo a Grenoble (leste).

Jean-Luc Mélenchon pediu "que o governo de esquerda na França apoie o governo de esquerda no Equador e que Julian Assange possa ir para o Equador com asilo político".

"Ao governo inglês queremos dizer: vocês libertaram (o ex-ditador chileno Augusto) Pinochet e o deixaram ir (em 2000), agora podem deixar Julian Assange sair", acrescentou Mélanchon.

No dia 22 de agosto, o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, postou em sua conta no Twitter que tinha recebido "um telefonema de Jean-Luc Mélenchon, líder do Partido de Esquerda francês, que defende o asilo concedido a Julian Assange".

Acusado de agressão sexual na Suécia, o fundador do Wikileaks se refugiou na embaixada equatoriana em Londres há dois meses para evitar que a Grã-Bretanha o extradite para Estocolmo.

Assange teme que a Suécia o extradite aos Estados Unidos, onde é investigado por espionagem por publicar milhares de documentos sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão e telegramas confidenciais do departamento de Estado, pelo que, segundo ele, pode ser condenado à prisão perpétua ou à pena de morte.

No dia 16 de agosto, o Equador concedeu asilo diplomático a Assange em sua embaixada em Londres.

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