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Há 43 anos, o homem dava seus primeiros passos na lua

Agência France-Presse
postado em 25/08/2012 17:58
Washington - Há 43 anos, em 20 de julho de 1969, o astronauta norte-americano, Neil Armstrong, tornou realidade o sonho mais antigo das civilizações humanas e se converteu no primeiro homem a pisar na lua.

Armstrong morreu neste sábado (25/8), aos 82 anos, por complicações após uma operação cardiovascular, conforme anunciaram seus familiares.

Aos olhos atentos de 500 milhões de telespectadores ao redor do mundo, Armstrong desceu do módulo aterrissado sobre a superfície lunar.

"Este é um pequeno passo para um homem, mas é um grande salto para a humanidade", disse Armstrong com a voz levemente distorcida pela distância e pelos equipamentos de comunicação, uma frase que ficará gravada para sempre nos livros de história.

As agitadas multidões ovacionaram quando Armstrong foi alcançado por seu companheiro astronauta Buzz Aldrin, que descreveu a "magnífica desolação" da paisagem lunar, nunca antes testemunhada em primeiro plano. Apenas 12 terráqueos caminharam pela superfície lunar até hoje.



Em plena Guerra Fria, o programa Apollo provou a supremacia tecnológica dos Estados Unidos na corrida espacial. Colocar uma bandeira dos Estados Unidos na superfície da lua em 1969 marcou pontos muito importantes sobre a União Soviética.

O programa Apollo, que realizou com sucesso seis aterrissagens lunares entre 1969 e 1972, começou oito anos antes, em 1961, quando o presidente John F. Kennedy (1961-1963) lançou o desafio ao Congresso de levar o homem à lua nessa década.

[SAIBAMAIS]"Creio que esta nação deveria comprometer-se a alcançar a meta, antes que termine esta década, de aterrissar o homem na lua e trazê-lo de volta à Terra sem perigo", disse Kennedy.

A decisão de chegar à lua estava acima de qualquer decisão política, disse John Logsdon, curador e especialista do Museu Nacional de Ar e Espaço, por ocasião do 40; aniversário da aterrissagem, em 2009.

A União Soviética foi a primeira nação a lançar um satélite em órbita, em 1957, com o lançamento do Sputnik, e em 1961 Yuri Gagarin se converteu no primeiro homem a viajar ao espaço.

"A União Soviética definiu a corrida espacial como a medida de poder e de modernidade e o presidente Kennedy decidiu que deixar uma espetacular conquista espacial só a URSS não era do interesse dos Estados Unidos", disse Logsdon à AFP.

A corrida espacial se converteu no símbolo da batalha da Guerra Fria pelo domínio entre ideologias enfrentadas e poderes mundiais polarizados.

Em 1970, meses depois da aterrissagem lunar, o dissidente soviético Andrei Sakharov escreveu em uma carta aberta ao Kremlin que a capacidade dos Estados Unidos em colocar o homem na lua provou a superioridade de uma democracia.

"A Nasa havia estudado uma missão à lua antes da decisão de Kennedy e havia concluído que não existiam barreiras tecnológicas ao feito", disse Logsdon.

"Contudo, a experiência em construir os complexos sistemas requeridos para realizar a missão era escassa".

Graças à crescente prosperidade dos Estados Unidos e a suas conquistas científicas e técnológicas, esse país colocou rapidamente em marcha o programa Apollo. Os custos deste programa eram estimados em 1969 em 25 bilhões de dólares, equivalente a cerca de 115 bilhões atualmente, ou mais de seis vezes o orçamento atual da Nasa.

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