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Furacão Isaac chega a Louisiana, nos EUA, com ventos de 130 km/h

Agência France-Presse
postado em 28/08/2012 23:11
Nova Orleans - O furacão Isaac tocou a terra nesta terça-feira no sudeste da Louisiana, gerando uma "perigosa maré de tormenta" que atinge a costa norte do Golfo do México, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos.

Isaac, que passou de tempestade tropical a furacão mais cedo, tem agora ventos firmes de 130 km por hora e segue para Nova Orleans, sete anos após o Katrina devastar a cidade.

Segundo o NHC, pouco antes das 23H00 GMT (20H00 Brasília) Isaac tocou a terra em meio a ondas de até 2,4 metros nas costas da Louisiana, Mississippi e Flórida.

O furacão está a 170 km a sudeste de Nova Orleans e a 45 km a sul-sudoeste da foz do rio Mississippi, se deslocando a 13 km/h acompanhado por fortes chuvas e o risco de inundações.

Louisiana, Alabama e Mississipi decretaram estado de emergência no domingo.

O olho da tempestade aponta especificamente para Nova Orleans, que em 29 de agosto de 2005 foi devastada pelo Katrina com ventos que superavam 178 km/h - categoria 3 na escala Saffir-Simpson -, que se tornou o furacão mais letal da história dos Estados Unidos, com 1.800 mortos.

O prefeito de Nova Orleans, Mitch Landrieu, advertiu que podem cair 400 mm de chuva ou até mais devido a baixa velocidade de deslocamento do furacão.

"Estamos aliviados porque não é um furacão da categoria 3", como o Katrina, "mas um ;categoria 1; tem força suficiente para provocar um grande dano se não tomarmos providências", disse Landrieu.

O presidente americano, Barack Obama, também advertiu para os danos significativos e inundações que podem provocar um furacão de categoria 1, e pediu à população que leve a sério o fenômeno e siga as orientações das autoridades.

"Agora não é o momento de brincar com a sorte... Precisam levar isto a sério", declarou Obama em um pronunciamento transmitido pela televisão a partir da Casa Branca. "Enfrentamos uma grande tempestade, e podem ocorrer inundações significativas e outros danos em uma grande área".

"Peço que todos os habitantes da costa do Golfo (do México) fiquem atentos às autoridades e sigam suas orientações, inclusive se disserem que devem deixar suas casas", acrescentou.

"Neste momento, já temos equipamentos e materiais preparados para ajudar as comunidades que estão no caminho da tempestade" e "continuarei garantindo que o governo federal está fazendo todo o possível para ajudar o povo americano a se preparar e a se recuperar desta tempestade perigosa".

Ante a aproximação do Isaac, a população de Nova Orleans, na Louisiana, se preparava tendo em mente a devastação provocada pelo furacão Katrina, que há sete anos que deixou 1.800 mortos.

Obama, sem dúvida ciente das falhas de gestão de seu antecessor, o republicano George W. Bush, na tragédia de 2005, declarou estado de emergência na Louisiana em consequência do fenômeno climático.

A declaração de emergência permite o envio de recursos e de ajuda federal às autoridades locais. Obama também conversou com funcionários locais, como o administrador da Agência Federal de Administração de Emergências (FEMA), Craig Fugate.

O governador do Alabama, Robert Bentley, ordenou evacuações obrigatórias em Mobile e Baldwin, na costa do Golfo.

O governador de Louisiana, Bobby Jindal, recomendou evacuações voluntárias na zona de vigilância do furacão, e pediu à população para se prepare para o pior.

A FEMA informou que o Centro Nacional de Coordenação de Resposta foi ativado e que vai gerenciar os eventuais pedidos de ajuda dos estados atingidos.

O Mississipi mobilizou 1.500 homens da Guarda Nacional na segunda-feira e a Louisiana emitiu ordens para 4.100 soldados ficaram a postos.

Cerca de 78% da produção de petróleo no Golfo do México está paralisada: seis refinarias decidiram interromper suas atividades e 346 plataformas petroleiras evacuaram seu pessoal ante o avanço de Isaac.

Antes de passar pelos Estados Unidos, o Isaac deixou 19 mortos e seis desaparecidos no Haiti e dois mortos na República Dominicana.

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