postado em 29/08/2012 08:07
A decisão do presidente Juan Manuel Santos de abrir ;conversações exploratórias; sobre um processo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) teve apoio praticamente unânime, dentro e fora do país, mas a condução das negociações divide opiniões nos círculos políticos colombianos. Setores governistas mais próximos ao antecessor imediato de Santos, Álvaro Uribe, reforçaram sua rejeição a qualquer tipo de benefício legal para guerrilheiros envolvidos com crimes contra a humanidade. Outros, porém, acenam com a possibilidade de que as Farc tenham representação no Congresso e defendem uma abordagem ;pragmática; para encerrar um conflito armado que se prolonga há cinco décadas.
[SAIBAMAIS]O próprio presidente confirmou que um acordo preliminar foi fechado em Cuba por representantes do governo e da guerrilha, e prometeu que mais detalhes serão revelados nos próximos dias. Extraoficialmente, fontes ligadas ao processo revelaram à imprensa que as conversações seriam iniciadas em Oslo, na Noruega, em outubro, e prosseguiriam em Havana. Além dos governos norueguês e cubano, também a Venezuela estaria participando como facilitadora do diálogo.