Mundo

Corte em atendimento gratuito médico a imigrantes na Espanha gera movimento

postado em 29/08/2012 13:36
Líderes de movimentos sociais, organizações não governamentais e entidades civis preparam para o próximo sábado (1;/9) um protesto em Madri, capital da Espanha, em defesa do direito dos imigrantes ilegais receberem atendimento gratuito de saúde. A manifestação é um protesto contra a decisão das autoridades espanholas que suspenderam a autorização ao acesso à saúde pública para os estrangeiros que não estão em dia com seus documentos no país.

A estimativa é que na Espanha vivam mais de 153 mil imigrantes ilegais, principalmente de países sul-americanos e africanos. Os cálculos do governo é que o fim do atendimento público gratuito de saúde aos imigrantes ilegais resultará na economia de 500 milhões de euros. O decreto passa a valer a partir do dia 1;.

Pelo decreto, os imigrantes ilegais passam a ter direito apenas aos serviços de urgência de atendimento e maternidade, além dos cuidados médicos para os menores de 18 anos. Vários profissionais de saúde se posicionaram contra a medida. As administrações das regiões do País Basco, Andaluzia, Astúrias e Catalunha informaram que não aplicarão a medida, assim como cidades de Navarra.

[SAIBAMAIS]A manifestação deve ocorrer em frente ao Hospital Gregorio Marañón, em Madri, um dos maiores da rede pública. As autoridades espanholas alegam que a decisão é levada pelas necessidades econômicas, pois o governo da Espanha tenta colocar em prática um plano de contenção orçamentária para garantir o pagamento de uma dívida de 16 bilhões de euros.



Em comunicado conjunto, os organizadores do protesto dizem que a decisão é ;um ataque frontal; ao direito à saúde e à cidadania. Segundo as entidades civis, a medida contraria a responsabilidade pública e a ética do Estado.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação