postado em 30/08/2012 09:58
O líder religioso do Irã, ayatolá Ali Khamenei, cobrou nesta quinta-feira (30/8) reformas no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo ele, o formato atual, que é do final da 2; Guerra Mundial, é reflexo de uma ;estrutura irracional e antidemocrática e de uma clara ditadura;. O conselho é formado por 15 países, dos quais apenas cinco têm assentos permanentes: os Estados Unidos, a China, o Reino Unido, a França e Rússia.;O Conselho de Segurança das Nações Unidas é uma estrutura irracional, injusta e totalmente antidemocrática, que constitui uma ditadura;, disse Khamenei, na abertura da 16; Cúpula dos Países Não Alinhados, em Teerã, na presença do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
O Conselho de Segurança foi constituído nos anos de 1940, logo após a 2; Guerra Mundial, e refletia o cenário político e econômico da época. Especialistas defendem a ampliação do órgão para que países que passaram a ter mais destaque na comunidade internacional sejam representados.
;A sala de controle do mundo [o Conselho de Segurança] é comandada por ditaduras de alguns países do Ocidente;, disse Kahmenei, referindo-se, sem citar nominalmente, a algumas das nações que ocupam os assentos permanentes do órgão. O discurso do líder religioso foi acompanhado atentamente por Ki-moon.
[SAIBAMAIS]O Irã é alvo de sanções impostas pelo Conselho de Segurança, cuja maioria dos integrantes desconfia do programa nuclear desenvolvido pelo país. Para o órgão, o programa é uma ameaça nuclear por levantar suspeitas sobre a produção de armas. Os iranianos negam essa produção.
A cúpula, em Teerã, conta com a participação de representantes de 107 países. O Brasil está presente apenas como observador. O Movimento dos Países Não Alinhados representa as nações em desenvolvimento que tentam definir um caminho de independência e autonomia em relação às grandes potências econômicas e políticas.
A presença de Ki-moon na cúpula gerou críticas dos Estados Unidos e de Israel. Dos líderes estrangeiros, os que se destacam são o novo presidente do Egito, Mohamed Mursi, e o líder da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.