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Colômbia nega que Estados Unidos comandam forças armadas do país

Agência France-Presse
postado em 03/09/2012 13:30
Bogotá - O governo da Colômbia negou as afirmações do presidente boliviano Evo Morales, que afirmou que os Estados Unidos comandam as Forças Militares colombianas, em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (3/9) pelo ministério das Relações Exteriores.

"O governo da Colômbia não aceita afirmações sem fundamento nem por parte da Bolívia, nem de nenhum outro país", afirma o texto, acrescentando que "o Estado colombiano continuará firme em sua política de luta contra as drogas, que inclui a cooperação internacional, tanto hemisférica como regional".

Evo Morales afirmou no domingo (2/9) que militares americanos comandam as Forças Armadas da Colômbia e que os Estados Unidos têm uma base militar radicada naquele país. Morales reclamou de os Estados Unidos tenham sugerido que Bolívia e Peru desbancaram a Colômbia do primeiro lugar de produção de cocaína.

"Claro, estão minimizando a Colômbia como um país que tem problema de narcotráfico porque ali fica a base militar dos Estados Unidos, ali os norte-americanos estão comandando as Forças Armadas da Colômbia", declarou Morales a sindicatos de ;cocaleros; em Lauca Ñ, a 650 km de La Paz.

[SAIBAMAIS]É por esta razão que Washington "quer elogiar o país onde aceitam que haja bases militares dos Estados Unidos", afirmou. "O tema do narcotráfico por uma parte é bem aproveitado pelo capitalismo com fins econômicos e por outra parte, aproveitado politicamente para desgastar dirigentes ou autoridades antiimperialistas e anticapitalistas", afirmou o presidente boliviano.



Morales, que se autoproclama antiimperialista, expulsou em 2008 os agentes da DEA americana, pouco após ter procedido da mesma forma com o embaixador do país, a quem acusou de se intrometer em assuntos internos. A Bolívia tem 31.000 hectares de coca plantadas - segundo as Nações Unidas -, das quais a lei boliviana só reconhece 12.000 para usos tradicionais, como mascagem, infusão e rituais religiosos andinos.

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