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Processo de paz da Colômbia começa em Oslo na primeira quinzena de outubro

Agência France-Presse
postado em 04/09/2012 15:40
Bogotá - O processo de paz entre o governo da Colômbia e a guerrilha das Farc terá início na primeira quinzena de outubro em Oslo e depois prosseguirá em Havana, anunciou nesta terça-feira (4/9) o presidente Juan Manuel Santos em um discurso à nação.

"As negociações começarão em Oslo na primeira quinzena de outubro e depois irão para Havana", declarou Santos ao detalhar que as conversações terão um prazo. "Será medido em meses, não em anos", frisou.

O presidente afirmou que as primeiras negociações exploratórias foram realizadas durante seis meses em Havana e que as duas partes assinaram um acordo de princípio que não estabelece que as operações militares serão interrompidas durante o processo de paz.

Segundo o presidente, "as operações militares continuarão com a mesma ou mais intensidade".

"Este acordo não é já a paz, nem se trata de um acordo final. É um mapa do caminho com precisão dos termos de discussão para chegar a esse acordo final", explicou.

"Trabalhamos com seriedade, e devo reconhecer que as Farc também. Tudo o que foi acertado até agora tem sido respeitado. Se as Farc abordarem a fase seguinte com a mesma seriedade, temos boas perspectivas", acrescentou.

Em seu discurso, Santos pede aos colombianos "moderação" diante da possibilidade de a guerrilha prosseguir em seus ataques, e "unidade para que o sonho de viver em paz se torne, por fim, realidade".



O líder da guerrilha das Farc, Rodrigo Londoño Echeverry, conhecido como Timochenko, confirmou na segunda-feira os diálogos em busca de um acordo de paz.

Esta foi a primeira declaração das Farc depois do anúncio, em 27 de agosto, do presidente Santos de que seu governo havia realizado "negociações exploratórias" com a organização, com o objetivo de "buscar o fim do conflito" armado de quase 50 anos.

Santos afirmou na segunda-feira que "todas as guerras sempre terminam com um tipo de acordo, de diálogo."

"Por isso queremos acabar com este conflito através de um acordo e de um diálogo, sem que voltemos a repetir os erros do passado", acrescentou.

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