Agência France-Presse
postado em 06/09/2012 18:55
Bogotá - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou nesta quinta-feira (6/9) que "não baixará a guarda" durante o processo de paz que se prepara para iniciar com a guerrilha comunista das Farc, em declarações divulgadas por seu gabinete."Traçamos este processo de tal forma que, se não tivermos êxito, não custará nada ao país ou custará muito pouco. Por isso, nós não aceitamos um cessar-fogo, não aceitamos baixar a guarda em matéria de segurança", disse Santos em uma entrevista realizada pela rádio-emissora La W que a Presidência difundiu depois.
"Vamos manter o controle territorial em cada centímetro de nosso território, e vamos prosseguir com a agenda do governo normalmente", disse o mandatário.
Santos fez essas declarações pouco antes de, em Havana, delegados das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) terem anunciado em uma entrevista coletiva à imprensa que depois do início do diálogo, no dia 8 de outubro em Oslo, proporão um cessar-fogo bilateral.
"Nós vamos propor o cessar-fogo assim que nos sentarmos à mesa. Vamos planejá-lo, vamos brigar por ele, vamos discuti-lo aqui à mesa, porque é um dos pontos", disse o comandante guerrilheiro Mauricio Jaramillo.
Santos anunciou no dia 3 de setembro que havia decidido iniciar um diálogo de paz com as Farc a ser realizado no exterior e sem a suspensão das operações militares. O governo já nomeou sua equipe negociadora para essas conversações que serão realizadas na Noruega e que, posteriormente, serão levadas a Cuba.
As Farc confirmaram também a sua disposição em iniciar este processo e nesta quinta apresentaram os nomes de dois de seus negociadores, Iván Márquez, membro do secretariado (cúpula) e Jesús Santrich, do estado-maior central.