Agência France-Presse
postado em 07/09/2012 20:24
Damasco - Os rebeldes realizaram nesta sexta-feira (7/9) um ataque sangrento contra um quartel do exército em Aleppo, onde ocorreram violentos combates e bombardeios, como em Daas, atacada também por atentados com carro-bomba.
Em Damasco, houve três atentados, um dos quais matou cinco policiais, enquanto milhares de manifestantes voltaram a sair às ruas em todo o país para pedir o fim do regime de Bashar al-Assad.
Ao mesmo tempo, os chanceleres da União Europeia reuniram-se em Paphos (Chipre) para discutir a transição e ajuda aos refugiados sírios. A Comissão Europeia anunciou a liberação de 50 milhões adicionais para os civis.
Leia mais notícias em Mundo
O enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, conversará com líderes da Liga Árabe no Cairo, no domingo, e quer visitar Damasco nos dias seguintes, disse seu porta-voz.
Brahmini, que nomeou um canadense nascido em Marrocos, Mokhtar Lamani, como chefe do escritório de sua missão em Damasco, está trabalhando nos detalhes finais de uma visita à capital síria, disse à AFP o porta-voz Ahmad Fawzi.
A ONU mantém um pequeno escritório aberto em Damasco que é dirigido pela missão de Brahimi.
Violência continua
Em Damasco, um atentado com moto-bomba ocorreu em Ruknedin, na saída dos fieis da mesquita Al Rukniya, e provocou feridos entre os fieis, segundo a televisão estatal, citando cinco mortes entre os membros das forças de ordem.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), uma ONG que se baseia em uma rede de militantes, informou o mesmo número de mortes, acrescentando que seis policiais ficaram feridos.
[SAIBAMAIS]Desde o início da revolta, em março de 2011, as forças de ordem cercam as entradas das mesquitas e abrem fogo contra a multidão todas as sextas, dia tradicional de mobilizações no país, para impedir que manifestações se formem após a oração, segundo os militantes.
Um segundo atentado, desta vez com carro-bomba, aconteceu duas horas depois entre o Palácio de Justiça e o Ministério da Informação, no bairro rico de Mazzé (oeste), de acordo com a televisão estatal.
Vários carros foram atingidos, segundo a televisão, que não indicou um número de vítimas.
Os dois ataques foram atribuídos à "terroristas", termo utilizado pelas autoridades para designar os opositores e rebeldes que combatem o regime e exigem a saída de Assad.
Uma terceira bomba explodiu no bairro de Salhiyé (centro), ferindo soldados, segundo militantes.
Um vídeo divulgado pela OSDH mostra cadáveres de pelo menos 20 homens não identificados ao pé de um muro depois de serem "executados a tiros" no bairro de Ikramiyah em Aleppo na quarta-feira. A maioria dos homens tinha as mãos amarradas nas costas.
"Manifestações em massa"
Nas últimas semanas, os atentados se multiplicaram em Damasco, apesar das medidas de segurança tomadas pelo regime, que também não consegue conter as manifestações.
Os protestos "massivos", segundo o OSDH, ocorrem em várias localidades rebeldes da província de Idleb (noroeste), assim como na província de Damasco. Em Harasta o Exército realiza operações para tentar esmagar a rebelião.
Conter a crise humanitária
Neste contexto, os ministros europeus das Relações Exteriores tentam explorar os meios para ajudar a oposição síria, concentrando-se na crise humanitária.
A Comissão Europeia vai desbloquear uma ajuda humanitária adicional de 50 milhões de euros, elevando para 119 milhões de euros a contribuição da UE.
A UE procura se proteger de uma eventual chegada de refugiados, enquanto a Turquia e a Jordânia, que já acolheram milhares de sírios, consideram que em breve não serão mais capazes de acolher todos que chegam diariamente.
Há vários meses a UE pede que Bashar al-Assad dê lugar a um governo de transição, mas no Conselho de Segurança da ONU, Rússia e China, países aliados ao regime sírio, se opõem a essa posição.
Em Damasco, houve três atentados, um dos quais matou cinco policiais, enquanto milhares de manifestantes voltaram a sair às ruas em todo o país para pedir o fim do regime de Bashar al-Assad.
Ao mesmo tempo, os chanceleres da União Europeia reuniram-se em Paphos (Chipre) para discutir a transição e ajuda aos refugiados sírios. A Comissão Europeia anunciou a liberação de 50 milhões adicionais para os civis.
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O enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, conversará com líderes da Liga Árabe no Cairo, no domingo, e quer visitar Damasco nos dias seguintes, disse seu porta-voz.
Brahmini, que nomeou um canadense nascido em Marrocos, Mokhtar Lamani, como chefe do escritório de sua missão em Damasco, está trabalhando nos detalhes finais de uma visita à capital síria, disse à AFP o porta-voz Ahmad Fawzi.
A ONU mantém um pequeno escritório aberto em Damasco que é dirigido pela missão de Brahimi.
Violência continua
Em Damasco, um atentado com moto-bomba ocorreu em Ruknedin, na saída dos fieis da mesquita Al Rukniya, e provocou feridos entre os fieis, segundo a televisão estatal, citando cinco mortes entre os membros das forças de ordem.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), uma ONG que se baseia em uma rede de militantes, informou o mesmo número de mortes, acrescentando que seis policiais ficaram feridos.
[SAIBAMAIS]Desde o início da revolta, em março de 2011, as forças de ordem cercam as entradas das mesquitas e abrem fogo contra a multidão todas as sextas, dia tradicional de mobilizações no país, para impedir que manifestações se formem após a oração, segundo os militantes.
Um segundo atentado, desta vez com carro-bomba, aconteceu duas horas depois entre o Palácio de Justiça e o Ministério da Informação, no bairro rico de Mazzé (oeste), de acordo com a televisão estatal.
Vários carros foram atingidos, segundo a televisão, que não indicou um número de vítimas.
Os dois ataques foram atribuídos à "terroristas", termo utilizado pelas autoridades para designar os opositores e rebeldes que combatem o regime e exigem a saída de Assad.
Uma terceira bomba explodiu no bairro de Salhiyé (centro), ferindo soldados, segundo militantes.
Um vídeo divulgado pela OSDH mostra cadáveres de pelo menos 20 homens não identificados ao pé de um muro depois de serem "executados a tiros" no bairro de Ikramiyah em Aleppo na quarta-feira. A maioria dos homens tinha as mãos amarradas nas costas.
"Manifestações em massa"
Nas últimas semanas, os atentados se multiplicaram em Damasco, apesar das medidas de segurança tomadas pelo regime, que também não consegue conter as manifestações.
Os protestos "massivos", segundo o OSDH, ocorrem em várias localidades rebeldes da província de Idleb (noroeste), assim como na província de Damasco. Em Harasta o Exército realiza operações para tentar esmagar a rebelião.
Conter a crise humanitária
Neste contexto, os ministros europeus das Relações Exteriores tentam explorar os meios para ajudar a oposição síria, concentrando-se na crise humanitária.
A Comissão Europeia vai desbloquear uma ajuda humanitária adicional de 50 milhões de euros, elevando para 119 milhões de euros a contribuição da UE.
A UE procura se proteger de uma eventual chegada de refugiados, enquanto a Turquia e a Jordânia, que já acolheram milhares de sírios, consideram que em breve não serão mais capazes de acolher todos que chegam diariamente.
Há vários meses a UE pede que Bashar al-Assad dê lugar a um governo de transição, mas no Conselho de Segurança da ONU, Rússia e China, países aliados ao regime sírio, se opõem a essa posição.