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Palestinos querem renegociar protocolo de acordo econômico com Israel

Agência France-Presse
postado em 09/09/2012 13:05
Ramallah - A Autoridade Palestina pediu oficialmente a Israel para renegociar o Protocolo de Paris, de 1994, sobre as relações econômicas entre Israel e a OLP, num momento em que inúmeros palestinos protestam contra a situação social e o custo de vida. "Transmiti ao governo israelense, através de seu ministério da Defesa, o pedido oficial da Autoridade Palestina para reabrir o Protocolo de Paris, que é incompatível com a situação econômica atual", afirmou o ministro de Assuntos Civis, Hussein al Sheikh.

"Esperamos a resposta dos israelenses e, se aprovarem, o departamento das negociações (da OLP) e outros grupos especializados formarão um comitê para iniciar discussões sobre as emendas", explicou o ministro. No momento, o ministério da Defesa israelense não fez comentários a respeito.

Assinado em 29 de abril de 1994 em Paris, depois dos acordos de autonomia de Oslo (1993), este protocolo econômico sobre as relações econômicas entre Israel e Organização para a Libertação da Palestina (OLP) concede uma liberdade econômica limitada aos palestinos. O pedido acontece num contexto social na Cisjordânia que alguns analistas consideram como a versão palestina da chamada "Primavera Árabe". Há vários dias, acontecem manifestações nas cidades da Cisjordânia contra o recente aumento dos preços da gasolina e dos alimentos.

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[SAIBAMAIS]Neste domingo, cerca de 60 caminhões bloquearam o acesso ao centro de Ramallah durante mais de uma hora para protestar contra a alta do preço da gasolina. Além disso, os sindicatos do transporte planejam realizar uma greve nesta segunda-feira.

Em Nablus, a capital do norte da Cisjordânia, cerca de 200 manifestantes pediram a renúncia do primeiro-ministro Salam Fayad aos gritos de "a invasão (israelense) não nos deixou com fome, Fayad sim".

A Autoridade Palestina, confrontada com dificuldades crônicas, atravessa, segundo vários ministros, sua pior crise financeira desde sua criação em 1994 por causa da manutenção das restrições israelenses e da diminuição da ajuda internacional, em particular dos países árabes.

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