Agência France-Presse
postado em 10/09/2012 09:28
Turquia, Ancara - O vice-presidente iraquiano Tarek al-Hashemi, refugiado na Turquia, rejeitou nesta segunda-feira (10/9) a condenação à morte à revelia pronunciada no domingo (9/9) em Bagdá e exigiu um novo "processo justo" antes de poder retornar ao país."Rejeito totalmente este veredicto com motivação política", declarou o vice-presidente em Ancara aos jornalistas, um dia depois do anúncio da sentença por um tribunal de Bagdá, pelos assassinatos de uma advogada e um general.
[SAIBAMAIS]Hashemi, um dos principais dirigentes sunitas do Iraque, refugiado desde abril na Turquia, onde vive com a família sob a proteção do Estado turco, que não aceita extraditá-lo, disse que não retornaria a Bagdá sem a garantia de um "processo justo".
A justiça iraquiana acusa Hashemi e alguns membros de sua equipe por 150 crimes, sobretudo o assassinato de seis juízes e várias autoridades, incluindo o diretor geral do ministério da Segurança Nacional. Ele e seu secretário pessoal, que também é seu genro, foram condenados à morte pelo assassinato de uma advogada e do general Talib Belasim.
Há vários meses, Hashemi denuncia um processo judicial com uma finalidade puramente política por causa do conflito entre o bloco Iraqiya, ao qual ele pertence, dominado pelos sunitas, e o primeiro-ministro, o xiita Nuri al-Maliki, a quem acusa de autoritarismo.