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Ban Ki-moon pede que conselho da ONU classifique atos na Síria como crime

postado em 10/09/2012 10:23
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu nesta segunda-feira (10/9) que o Conselho de Direitos Humanos defina como ;crimes de guerra; os episódios de mortes de civis na Síria. Ban Ki-moon disse que tanto a oposição como o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, cometeram crimes e devem responder por isso na Justiça. Organizações não governamentais (ONGs) estimam que mais de 25 mil pessoas morreram desde março de 2011.

;Nós devemos garantir que todas as pessoas, dos dois lados, que cometeram crimes de guerra, crimes contra a humanidade e violações internacionais dos direitos humanos ou do direito humanitário sejam levadas à Justiça;, disse o secretário-geral, na presença dos 47 integrantes do conselho, em Genebra, na Suíça. ;[Estou] profundamente perturbado com os bombardeios aéreos contra civis feitos pelas forças do governo [sírio] e também pelo aumento das tensões e a deterioração da situação humanitária.; Segundo ele, oposição e governo escolheram a ;força; como método no lugar do ;diálogo;.

No último relatório, publicado em 15 de agosto, a comissão de investigação internacional enviada pela ONU à Síria denunciou os ;crimes de guerra; no país, acusando o governo Assad e as Forças Armadas. A comissão revelou também a preparação de uma lista
confidencial de responsáveis, sendo esta a primeira etapa para eventuais processos internacionais.

[SAIBAMAIS] Até quarta-feira, o Conselho de Direitos Humanos da ONU examina o relatório. No dia 17, é esperado o anúncio de uma decisão. A missão é chefiada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro. O mandato da comissão acaba nesta sessão do conselho, mas os integrantes do órgão vão discutir nos próximos dias uma resolução sobre a Síria que poderia prolongar as atividades dos especialistas.



Por seu lado, a alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, denunciou hoje os crimes de guerra e os crimes contra a humanidade na Síria, e pediu ;uma investigação imediata; sobre o massacre de Daraya, onde mais de 500 corpos foram descobertos. ;Eu estou profundamente chocada com os relatórios sobre o massacre de Daraya e peço uma investigação imediata e aprofundada sobre este incidente e peço ao governo [sírio] que assegure o acesso completo sem entraves à comissão de investigação independente da ONU;, disse Pillay.

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