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Em eleição, democratas mantêm direito de veto no Parlamento de Hong Kong

Agência France-Presse
postado em 10/09/2012 12:08
Hong Kong - Os partidos favoráveis a Pequim mantêm o controle do Parlamento em Hong Kong após as eleições de domingo, mas os partidos pró-democracia conseguiram manter a minoria de bloqueio, crucial para pesar sobre a instauração do voto universal em 2017.

Pela primeira vez desde a devolução de Hong Kong a China em 1997, mais da metade dos membros do Conselho Legislativo, que tem mandato de quatro anos, foi eleito por voto direto. Os outros membros são designados por um sistema duplo de grandes eleitores, majoritariamente favoráveis a Pequim. Os partidos pró-democracia, que estavam divididos, receberam 60% dos votos do sufrágio direto, segundo os resultados definitivos.

[SAIBAMAIS] De acordo com a Constituição, o resultado dos partidos pró-democracia, transformado em cadeiras em função de um escrutínio proporcional, não garante mais que 18 vagas das 35. E eles conquistaram apenas nove das 35 cadeiras designadas pelos grandes eleitores. No total, os partidos favoráveis a Pequim conquistaram 43 cadeiras das 70 atribuídas pelo voto popular. O resultado dos partidos pró-democracia permite, no entanto, conservar o direito de veto sobre os trabalhos constitucionais do Parlamento.



Esta minoria de bloqueio é considerada fundamental, já que a China se comprometeu a instaurar o voto universal direto em 2017 para o posto de chefe do Executivo e até 2020 para o Parlamento. Os partidos pró-democracia recordam que as promessas já foram feitas no passado sem ser cumpridas. Desde a devolução pela Grã-Bretanha, Hong Kong é administrada por um estatuto de região administrativa especial (RAS) e goza, a princípio, de uma ampla autonomia em virtude do modelo "um país, dois sistemas".

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