Agência France-Presse
postado em 15/09/2012 13:05
Madri - Com slogans como "Mãos ao alto, isso é um assalto", uma maré de manifestantes procedentes de toda Espanha tomou no sábado o centro de Madri para protestar contra políticas de austeridade que, afirmam, irá "arruinar o país".
Organizadas em colunas de cores para denunciar os cortes nos diferentes setores da sociedade, os manifestantes desfilaram pelo centro da capital entre apitos e buzinas.
Professores, pais e alunos saíram de verde pela defesa da educação pública, médicos e enfermeiros de branco e trabalhadores sociais de laranja. Também um desfile violeta reivindicou os direitos das mulheres e outro denunciou uma drástica alta dos impostos no mundo da cultura.
Os funcionários, que viram seus salários serem cortados duas vezes e seus postos congelados, marcharam de negro.
Vindas de todos os pontos do país, milhares de pessoas se uniram aos protestos com bandeiras de suas regiões e estandartes dos grandes sindicatos, UGT e CCOO, que junto a outras 150 organizações espanholas convocaram esta manifestação sob o lema "Querem arruinar o país, temos que impedi-los".
"As pessoas não têm dinheiro e têm reduzido muito o consumo, especialmente na minha região, Andaluzia, onde um em cada três trabalhadores está desempregado", explica Rafael Navas, recepcionista de hotel de 52 anos.
Promessas eleitorais
A multidão protestava contra os ajustes de 102 bilhões de euros que o governo conservador de Mariano Rajoy aplicará durante dois anos e meio. A medida visa a uma redução do déficit público de 8,9% do PIB em 2011 para 2,8% em 2014.
No momento em que as marchas se encontraram sob a imensa bandeira espanhola na Praça Colón, o secretário-geral do CCOO, Ignacio Fernández Toxo, declarou que os manifestantes estavam ali para dizer ao governo que não estão de acordo.
"Sua política está causando muitos danos, mas não nos resignamos, pois há alternativas e porque é mentira que não há mais saída", acrescentou diante de cerca de 65.000 pessoas, segundo o governo de Madri. Os organizadores não anunciaram dados.
Os manifestantes consideram que Rajoy não está cumprindo com as promessas eleitorais que o levaram a obter a maioria absoluta há dez meses e exigem que os cortes sejam submetidos à consulta popular.
"Acredito que um referendo é necessário porque o governo deve escutar o que as pessoas querem e, neste momento, parece ter tampões nos ouvidos", disse Isabel García, uma atendente de telemarketing de 48 anos.
"Sabemos que as coisas são complicadas, mas não serão solucionadas dessa forma. O governo já não sabe o que faz", acrescentou sua amiga Ana Blado, de 56 anos, que veio de Barcelona (nordeste).
Após obter em junho uma ajuda da Zona Euro de até 100 bilhões de euros para recapitalizar seus bancos, o governo espanhol se vê agora pressionado para pedir um resgate para toda a economia do país.
"O que vai acontecer com um novo resgate? Que novas condições serão impostas?", gritou o secretário-geral do UGT, Cándido Méndez, para a multidão que lotava a Praça Colón.
"Temos que combater democraticamente como estamos fazendo hoje", acrescentou, garantindo que a manifestação, que terminou no fim da tarde sem incidentes, é apenas o início de uma grande luta contra a austeridade.
Organizadas em colunas de cores para denunciar os cortes nos diferentes setores da sociedade, os manifestantes desfilaram pelo centro da capital entre apitos e buzinas.
Professores, pais e alunos saíram de verde pela defesa da educação pública, médicos e enfermeiros de branco e trabalhadores sociais de laranja. Também um desfile violeta reivindicou os direitos das mulheres e outro denunciou uma drástica alta dos impostos no mundo da cultura.
Os funcionários, que viram seus salários serem cortados duas vezes e seus postos congelados, marcharam de negro.
Vindas de todos os pontos do país, milhares de pessoas se uniram aos protestos com bandeiras de suas regiões e estandartes dos grandes sindicatos, UGT e CCOO, que junto a outras 150 organizações espanholas convocaram esta manifestação sob o lema "Querem arruinar o país, temos que impedi-los".
"As pessoas não têm dinheiro e têm reduzido muito o consumo, especialmente na minha região, Andaluzia, onde um em cada três trabalhadores está desempregado", explica Rafael Navas, recepcionista de hotel de 52 anos.
Promessas eleitorais
A multidão protestava contra os ajustes de 102 bilhões de euros que o governo conservador de Mariano Rajoy aplicará durante dois anos e meio. A medida visa a uma redução do déficit público de 8,9% do PIB em 2011 para 2,8% em 2014.
No momento em que as marchas se encontraram sob a imensa bandeira espanhola na Praça Colón, o secretário-geral do CCOO, Ignacio Fernández Toxo, declarou que os manifestantes estavam ali para dizer ao governo que não estão de acordo.
"Sua política está causando muitos danos, mas não nos resignamos, pois há alternativas e porque é mentira que não há mais saída", acrescentou diante de cerca de 65.000 pessoas, segundo o governo de Madri. Os organizadores não anunciaram dados.
Os manifestantes consideram que Rajoy não está cumprindo com as promessas eleitorais que o levaram a obter a maioria absoluta há dez meses e exigem que os cortes sejam submetidos à consulta popular.
"Acredito que um referendo é necessário porque o governo deve escutar o que as pessoas querem e, neste momento, parece ter tampões nos ouvidos", disse Isabel García, uma atendente de telemarketing de 48 anos.
"Sabemos que as coisas são complicadas, mas não serão solucionadas dessa forma. O governo já não sabe o que faz", acrescentou sua amiga Ana Blado, de 56 anos, que veio de Barcelona (nordeste).
Após obter em junho uma ajuda da Zona Euro de até 100 bilhões de euros para recapitalizar seus bancos, o governo espanhol se vê agora pressionado para pedir um resgate para toda a economia do país.
"O que vai acontecer com um novo resgate? Que novas condições serão impostas?", gritou o secretário-geral do UGT, Cándido Méndez, para a multidão que lotava a Praça Colón.
"Temos que combater democraticamente como estamos fazendo hoje", acrescentou, garantindo que a manifestação, que terminou no fim da tarde sem incidentes, é apenas o início de uma grande luta contra a austeridade.