Sua cabeça foi colocada a prêmio por uma organização terrorista paquistanesa. Desde terça-feira, ele recebeu mais de 20 ameaças de morte. O pastor norte-americano Terry Jones, 60 anos, transformou-se em um dos principais inimigos dos muçulmanos. O homem que promoveu o filme Innocence of muslims (;A inocência dos muçulmanos;, pela tradução livre) e realizou o lançamento do longa na noite de 11 de setembro de 2001 tem uma arma sempre à vista. Em entrevista exclusiva ao Correio, por telefone, o líder da Dove World Outreach Center, uma igreja cristã com cerca de 50 seguidores (em Gainesville, Flórida), disse: ;Não tenho qualquer arrependimento;. Com a voz demonstrando segurança e um certo cansaço, Jones voltou a atacar o profeta Maomé e o islã. ;Definitivamente, concordo que o islã seja um tipo de câncer;, afirmou, referindo-se à polêmica declaração de Sam Bacile, o suposto diretor do filme. O líder religioso também classificou Maomé de ;pedófilo; e de ;doente mental pervertido;. Ele admite a preocupação com o possível agravamento da violência nos países árabes e com a deterioração das relações entre o islã e os EUA. ;O islã não mostra nenhuma tolerância com críticas, com outras ideias ou tipos de religião;, atacou. Em março de 2011, Jones ganhou fama internacional ao queimar o Corão ; o livro sagrado do islamismo. Na ocasião, ele já havia conseguido atrair a ira de 1,5 bilhão de muçulmanos em todo o mundo.
O senhor patrocinou o filme
A inocência dos muçulmanos?
Qual foi seu envolvimento?
Nós fomos contatados pelo produtor do filme, duas semanas atrás. Ele queria mostrar o filme e nos pediu uma ajuda para promovê-lo e apoiá-lo. Ele queria que aprovássemos um filme, eu acredito que pelo nosso envolvimento com a presença do islã radical e com a comunidade copta. Ele nos procurou em busca de nosso suporte.
Mas antes de lançá-lo em sua igreja,o senhor assistiu ao filme?
Eu assisti ao trailer. Sim, eu o fiz. Eram 14 minutos de duração. Eu assisti, porque não poderia promovê-lo se apenas tivesse escutado falarem dele. Sim, eu assisti.
Confira abaixo o podcast da entrevista
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