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Produtor de filme antimuçulmano é interrogado pela polícia dos EUA

Agência France-Presse
postado em 15/09/2012 16:37
Los Angeles - O suposto produtor do filme que ridiculariza o profeta Maomé e que causou uma onda de protestos no mundo islâmico foi interrogado pela polícia de Los Angeles na madrugada deste sábado, informou um porta-voz policial.

No início da madrugada, o cristão egípcio Nakula Besseley Nakula foi levado a uma delegacia da polícia em Cerritos, ao sul de Los Angeles, para ser interrogado sobre se violou os termos de sua liberdade condicional, disse à AFP o porta-voz do departamento de polícia de Los Angeles, Don Walker.

Nakula foi condenado em 2010 a 21 meses de prisão por fraude bancária, mas saiu em liberdade condicional após cumprir um ano de pena.

Imagens da TV americana mostram Nakula saindo da delegacia de chapeu, casaco e com as mãos no bolso.

"Compareceu à delegacia de Cerritos voluntariamente para falar com o supervisor da liberdade condicional", revelou Walker. "Não foi detido", destacou Walker.

Nakula, 55 anos, é apontado como o responsável pela produção de "A Inocência dos Muçulmanos", filme financiado por uma organização cristã com sede na Califórnia chamada Media for Christ e dirigido por Alan Roberts, um realizador de filmes pornográficos baratos de 65 anos.

Nakula colocou na Internet o "trailer" do filme, que ridiculariza o profeta Maomé, gerando uma onda de violentos protestos no Oriente Médio e no Magreb.

Segundo os termos de sua liberdade condicional, Nakula não tem permissão para utilizar a Internet por cinco anos sem autorização prévia, sob o risco de voltar à prisão.

Em 1997, Nakula esteve preso por um ano por posse de drogas.

Na terça-feira, um protesto contra "A inocência dos muçulmanos" matou o embaixador americano em Benghazi, Chris Stevens, e outros três funcionários americanos.

Nesta sexta-feira, os protestos sacudiram Iraque, Irã, Iêmen, Egito, Síria, Marrocos, Argélia, Tunísia, Sudão e Líbano, além de vários países muçulmanos na Ásia, deixando ao menos onze manifestantes mortos.

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