Rodrigo Craveiro
postado em 17/09/2012 08:24
Osama bin Laden, fundador. Anwar Al-Awlaqi, comandante da organização na Pensínsula Arábica. Abu Yahia Al-Libi, lugar-tenente de Ayman Al-Zawahiri. A morte dos três terroristas e de outros líderes, além de vários complôs frustrados pelas agências americanas de inteligência e segurança, encorajaram o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a realizar um discurso triunfante, nas homenagens pelo 11; aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001. ;A liderança da Al-Qaeda está devastada e Osama bin Laden não voltará a ameaçar os americanos;, declarou o mandatário, em cerimônia no Pentágono, na última terça-feira. A resposta veio poucas horas depois, com um ataque ao consulado dos EUA em Benghazi (leste da Líbia), no qual foram mortos o embaixador Christopher Stevens e três funcionários da representação diplomática.
O pretexto alegado para a fúria antiamericana foi o filme A inocência dos muçulmanos, produção de qualidade sofrível lançada na internet, que retrata de maneira pejorativa o profeta Maomé, fundador do islã. Autoridades líbias e americanas prontamente identificaram uma ação planejada e premeditada, mais que uma manifestação espontânea. A própria rede terrorista fundada por Osama bin Laden encarregou-se de desfazer dúvidas e assumiu a autoria do atentado, como vingança pela perda de Al-Libi. No mesmo comunicado, assinado pela Al-Qaeda da Península Arábica (AQAP, em inglês), o braço da organização no Iêmen, veio a convocação para novos ataques e manifestações ;com um único objetivo: expulsar as embaixadas norte-americanas dos países muçulmanos;.