Agência France-Presse
postado em 21/09/2012 06:09
Washington - Os últimos soldados pertencentes à força de 33.000 homens que o presidente dos Estados Unidos enviou há três anos para reforçar o contingente no Afeganistão deixaram o país asiático, informou nessa quinta-feira (20/9) o Departamento de Defesa.A retirada dos soldados, que começou em julho, coincide com um aumento sem precedentes de militares ocidentais mortos por ataques praticados por agentes afegãos -51 neste ano- e com a onda de protestos anti-americanos no mundo árabe por causa de um filme que ridiculariza o profeta Maomé.
[SAIBAMAIS]Os Estados Unidos manterão no Afeganistão cerca de 68.000 soldados, enquanto a Isaf (Força Internacional de Assistência à Segurança) contará com cerca de 40.000.
O secretário de Defesa, Leon Panetta, afirmou que os 33.000 soldados retirados atingiram os objetivos de conter os ataques dos talibãs e de aumentar a capacidade de ação das forças de segurança do Afeganistão.
"Conseguimos desferir enormes golpes no comando da Al-Qaeda como consequência de nossa estratégia de perturbar, desmantelar e derrubar a Al-Qaeda, e negando a eles o paraíso", indicou Panetta em um comunicado.
Considerando que centenas de milhares de militares ainda estão mobilizados no Afeganistão, o secretário de Defesa reconheceu: "Somos uma nação em guerra".
"Mas a comunidade internacional está muito comprometida com nossa estratégia de transferir o controle da segurança para os afegãos", acrescentou.
A retirada dos soldados americanos está nos planos da coalizão internacional de retirar a parte essencial de seu efetivo do país antes do final de 2014, quando a Polícia e o Exército afegãos assumirão a segurança.