Agência France-Presse
postado em 22/09/2012 14:23
Benghazi - As autoridades líbias tomaram neste sábado o controle de quartéis-generais e de bases de milícias armadas em Benghazi, que haviam sido atacadas pela população no momento em que a violência registra pelo menos 11 mortos e mais de 70 feridos. Seis membros das forças de segurança estão entre os mortos. "Dada a natureza dos ferimentos, está claro que as seis pessoas foram executadas", disse um médico que pediu para não ser identificado.
Os episódios de violência tiveram início na noite de sexta-feira quando centenas de moradores de Benghazi, segunda maior cidade da Líbia, se ergueram contra as milícias armadas que ditam a lei no país depois da queda de Muamar Kadhafi, em 2011, e tomaram o controle de várias bases dessas milícias.
[SAIBAMAIS]Os manifestantes, incluindo alguns armados, expulsaram uma milícia de um prédio da segurança no centro da cidade, antes de entrar à noite na base do principal grupo paramilitar, a milícia salafista da Ansar al-Sharia, constatou um jornalista da AFP.
Aos gritos de "O sangue dos mártires não foi derramado em vão", os manifestantes, que saquearam e incendiaram o QG, conseguiram expulsar os milicianos.
Neste sábado, os dois locais estavam ocupados pelas forças de segurança regulares, segundo uma jornalista da AFP. De acordo com testemunhas, o Ansar al-Sharia (Os Partidários da Lei Islâmica) também tinha deixado sob pressão dos manifestantes o hospital Al-Jala, controlado por seus membros, e que foi retomado pela Polícia Militar.
Os manifestantes em seguida atacaram o quartel-general da brigada Raf Allah al-Sahati, um grupo islamita que está a serviço do Ministério da Defesa. Sua base está situada em uma fazenda na região de Hawari, a 15 km do centro de Benghazi.
Leia mais notícias em Mundo
Os invasores levaram armas, munições e material de informática, e causaram a fuga dos integrantes da brigada, após duas horas de confrontos com armas leves e foguetes, constatou uma correspondente da AFP.
Mas a Raf Allah al-Sahati anunciou neste sábado em sua página no Facebook que havia retomado o controle de seu quartel-general. Pelo menos outras quatro instalações públicas registraram a retirada de milicianos com a chegada de manifestantes. No total, cinco pessoas foram mortas e mais de 70 ficaram feridas nos confrontos, segundo fontes médicas.
Situação "muito volátil"
Esses confrontos foram registrados depois que dezenas de milhares de líbios protestaram pacificamente contra as milícias armadas, dez dias depois do ataque ao consulado americano de Benghazi, que custou a vida do embaixador dos Estados Unidos, Chris Stevens, e de outros três americanos.
"A situação é muito volátil. Não sabemos qual vai ser a reação" das milícias, e também das autoridades e das famílias das vítimas, declarou à AFP o militante dos direitos humanos Jalal al-Gallal.
As autoridades líbias alertaram para o "caos" e pediram aos manifestantes que façam a diferença entre as brigadas "ilegítimas" e aquelas que estão sob a autoridade do Estado.
Os episódios de violência tiveram início na noite de sexta-feira quando centenas de moradores de Benghazi, segunda maior cidade da Líbia, se ergueram contra as milícias armadas que ditam a lei no país depois da queda de Muamar Kadhafi, em 2011, e tomaram o controle de várias bases dessas milícias.
[SAIBAMAIS]Os manifestantes, incluindo alguns armados, expulsaram uma milícia de um prédio da segurança no centro da cidade, antes de entrar à noite na base do principal grupo paramilitar, a milícia salafista da Ansar al-Sharia, constatou um jornalista da AFP.
Aos gritos de "O sangue dos mártires não foi derramado em vão", os manifestantes, que saquearam e incendiaram o QG, conseguiram expulsar os milicianos.
Neste sábado, os dois locais estavam ocupados pelas forças de segurança regulares, segundo uma jornalista da AFP. De acordo com testemunhas, o Ansar al-Sharia (Os Partidários da Lei Islâmica) também tinha deixado sob pressão dos manifestantes o hospital Al-Jala, controlado por seus membros, e que foi retomado pela Polícia Militar.
Os manifestantes em seguida atacaram o quartel-general da brigada Raf Allah al-Sahati, um grupo islamita que está a serviço do Ministério da Defesa. Sua base está situada em uma fazenda na região de Hawari, a 15 km do centro de Benghazi.
Leia mais notícias em Mundo
Os invasores levaram armas, munições e material de informática, e causaram a fuga dos integrantes da brigada, após duas horas de confrontos com armas leves e foguetes, constatou uma correspondente da AFP.
Mas a Raf Allah al-Sahati anunciou neste sábado em sua página no Facebook que havia retomado o controle de seu quartel-general. Pelo menos outras quatro instalações públicas registraram a retirada de milicianos com a chegada de manifestantes. No total, cinco pessoas foram mortas e mais de 70 ficaram feridas nos confrontos, segundo fontes médicas.
Situação "muito volátil"
Esses confrontos foram registrados depois que dezenas de milhares de líbios protestaram pacificamente contra as milícias armadas, dez dias depois do ataque ao consulado americano de Benghazi, que custou a vida do embaixador dos Estados Unidos, Chris Stevens, e de outros três americanos.
"A situação é muito volátil. Não sabemos qual vai ser a reação" das milícias, e também das autoridades e das famílias das vítimas, declarou à AFP o militante dos direitos humanos Jalal al-Gallal.
As autoridades líbias alertaram para o "caos" e pediram aos manifestantes que façam a diferença entre as brigadas "ilegítimas" e aquelas que estão sob a autoridade do Estado.