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Correa denuncia plano da oposição para deslegitimizar presidenciais

Agência France-Presse
postado em 22/09/2012 21:20

Quito - O presidente do Equador, Rafael Correa, denunciou que a oposição executa um plano para deslegitimizar os resultados das presidenciais de fevereiro do ano que vem, nas quais não descarta tentar a reeleição, durante discurso, este sábado, para milhares de simpatizantes em Quito.

"Aqui há toda uma campanha de deslegitimação do próximo processo eleitoral", disse Correa durante um comício em frente à sede do partido Aliança País (AP, esquerda), no norte da capital.

Segundo o presidente, esta estratégia é resultado da superioridade do AP como força política, o que segundo ele se refletiu no processo de inscrição de partidos para as eleições de 17 de fevereiro, em que a sua formação apresentou "mais adesões do que todos os outros movimentos juntos".

"Como sabem que serão derrotados pela vontade das grandes maiorias, agora afirmam que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) está vendido, que não é confiável, que os procedimentos não servem, que se prepara uma fraude", sustentou.

Correa disse que a AP já entregou 827.000 assinaturas de adesão e espera chegar a um milhão. "Isto é um prelúdio do que acontecerá nas próximas eleições", afirmou o presidente, cuja possível candidatura será definida em uma convenção da AP em outubro.



O chefe de Estado lembrou que pesquisas recentes atribuem entre 70% e 80% de "apoio popular" a seu governo. "Aí está a verdade, a demonstração da alegria, da esperança que atravessa todo um povo neste momento histórico que a república vive", afirmou Correa, dirigindo-se à multidão.

[SAIBAMAIS]O comício foi convocado pela situação para repudiar o que denunciou como uma tentativa de "fraude" de alguns partidos opositores, que entregaram ao CNE assinaturas supostamente falsas para participar do pleito.

"Quero agradecer às dezenas de milhares de pessoas que se reuniram espontaneamente no dia de hoje para dizer não passarão, não permitiremos a fraude das assinaturas, não permitiremos estas imoralidades, não permitiremos que roubem a democracia de nós, a identidade dos nossos cidadãos", disse.

Em 14 de setembro, 800 integrantes de uma coalizão de esquerda opositora ao governo e que não conseguiu reunir as assinaturas mínimas necessárias (157.000, equivalentes a 1,5% dos eleitores), protestaram em Quito para denunciar uma manobra da situação, com a cumplicidade do CNE, destinada a marginalizá-los do processo eleitoral.

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