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Damas de Branco denunciam assédio do regime cubano, como detenções

Agência France-Presse
postado em 24/09/2012 19:40
Havana - A organização opositora cubana Damas de Branco denunciou nesta segunda-feira (24/9) o assédio do regime em Havana neste final de semana, incluindo a detenção ou a retenção de 60 mulheres pela polícia. "Mais de 60 mulheres foram detidas, deslocadas (para suas províncias de origem) ou mantidas em suas casas" pela polícia entre sexta e segunda-feira, disse Laura Labrada, filha da finada dirigente das Damas de Branco Laura Pollán.

Segundo Labrada, cerca de 150 pessoas assediam a sede do grupo, no bairo Centro Havana, tentando impedir que as integrantes das Damas de Branco saiam para um serviço religioso na Igreja de la Merced, na Havana Velha. Labrada destacou que apesar do assédio dos simpatizantes do governo, algumas integrantes das Damas de Branco conseguiram chegar à Igreja de Carmen para homenagear "seus mártires" e recordar o aniversário de Jorge Más Canosa, falecido presidente da Fundação Nacional Cubano-Americana, com sede em Miami, Flórida.


Formada em 2003 por esposas e familiares de 75 dissidentes detidos este ano, as Damas de Branco passaram a ser uma organização opositora feminina após a libertação dos opositores, em 2010 e 2011, como resultado do diálogo entre a Igreja e o governo de Raúl Castro.

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