Rodrigo Craveiro
postado em 26/09/2012 06:05
Em seu primeiro discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente da França, François Hollande, avisou que o regime de Bashar Al-Assad não tem futuro na comunidade internacional, prometeu reconhecer um governo de oposição na Síria e defendeu proteção às ;zonas liberadas; no país. ;Eu peço à ONU que imediatamente ofereça ao povo sírio toda a ajuda solicitada e que proteja as áreas liberadas, enquanto assegura ajuda humanitária aos refugiados;, afirmou Hollande. Do alto da tribuna, ele não se intimidou e atacou a ;inércia; do Conselho de Segurança. ;A cada dia, mais de 4 mil homens, mulheres e crianças se tornam vítimas da repressão cega. Como podemos continuar a aceitar a paralisia da ONU?;, questionou. Por sua vez, o secretário-geral Ban Ki-moon qualificou a situação na Síria de ;calamidade regional com ramificações globais;. Ele exortou o Conselho a apoiar, ;de maneira sólida e concreta os esforços; de Lakhdar Brahimi, enviado da ONU e da Liga Árabe à Síria.
Também estreante no principal fórum político global, o presidente do Egito, Mohammed Morsy, se opôs a uma intervenção estrangeira, mas admitiu que Al-Assad deveria abandonar o poder. ;Sou contra uma intervenção estrangeira pela força no que está ocorrendo na Síria;, declarou. ;Não aprovo e acredito que, se ocorresse, seria um grave erro;, acrescentou, em entrevista à rede de tevê estatal americana PBS. ;Ao presidente Al-Assad, não resta alternativa a não ser ir embora. Não há espaço para reformas políticas. O povo quer mudanças e a vontade popular tem que ser respeitada;, comentou. De acordo com Mohammed Morsy, que ascendeu ao governo depois da queda do ditador Hosni Mubarak, uma solução militar não acabará com a revolução.
Documento "Atrocidades inimagináveis: As histórias das crianças da Síria", divulgado pela ONG britânica Save the Children
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