Agência France-Presse
postado em 28/09/2012 17:58
Washington - Os serviços de inteligência americana afirmaram esta sexta-feira (28/9) que o ataque mortal contra o consulado dos Estados Unidos na Líbia foi planejado e dele participaram militantes vinculados à al-Qaeda, embora haja "muitas perguntas sem resposta"."Estabelecemos que alguns dos envolvidos estavam vinculados a grupos que integram ou são simpatizantes da al-Qaeda", destacou em um comunicado Shawn Turner, porta-voz do Diretor de Inteligência Nacional.
O presidente Barack Obama havia afirmado na segunda-feira que o ataque que matou quatro americanos na Líbia, inclusive o embaixador Chris Stevens, se deveu a algo mais do que "uma multidão enfurecida" e pediu para "ignorar" o filme islamofóbico que provocou uma onda de protestos nos países árabes.
A Casa Branca informou pela primeira vez na semana passada que se tratou de um ataque terrorista, mas que seus autores ainda não foram identificados apesar da investigação realizada pelo FBI. Tanto o secretário de Defesa Leon Panetta como a chanceler Hillary Clinton consideraram ainda que se tratou de um "ataque terrorista".
O chefe do Pentágono acrescentou que o governo americano levou dias para concluir que grupos extremistas orquestraram o ataque ao consulado de Benghazi. "Quando tivemos maior informação sobre o ataque, revisamos nossa postura inicial" e "concluímos que se tratou de um ataque terrorista deliberado e organizado realizado por extremistas", disse Turner.
Alguns legisladores republicanos alegaram que o governo de Obama soube quase imediatamente depois dos fatos que a al-Qaeda estava envolvida no ataque. Mas Turner destacou que apesar dos "progressos" na investigação, ainda há "muitas perguntas sem respostas". Nos primeiros momentos após os incidentes de 11 de setembro, o Departamento de Estado afirmou que o ataque ao consulado ocorreu no âmbito de manifestações espontâneas de protesto contra a divulgação de um vídeo anti-islâmico rodado nos Estados Unidos.