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Fragmentação de movimento sindical preocupa governo argentino

Agência France-Presse
postado em 30/09/2012 20:43
Buenos Aires - O ministro do Trabalho argentino, Carlos Tomada, admitiu este domingo (30/9) a preocupação do governo de Cristina Kirchner diante da fragmentação do movimento trabalhista, que na próxima quarta-feira deve votar o surgimento de uma nova central sindical.

"Vemos com muita preocupação este processo porque estamos convencidos de poder contar com um movimento trabalhista unido", disse o ministro, segundo declarações reproduzidas pelo site oficial Prensa Argentina.

Em julho, a central operária peronista CGT se dividiu em um congresso em que sindicatos contrários à presidente Kirchner, reelegeram como líder o caminhoneiro Hugo Moyano, um ex-aliado do governo.



O setor favorável a Kirchner, que reúne 91 sindicatos, realizará na próxima quarta-feira um novo congresso para escolher sua própria liderança, o que selará a divisão da poderosa CGT, com 200 sindicatos e 8 milhões de afiliados.

O titular da UOM (metalúrgicos), Antonio Caló, é o principal candidato a dirigir a nova central, que conta com poderosos sindicatos como o de Luz e Energia, Saúde, Pessoal Civil da Nação e da Construção.

A CGT é historicamente o maior apoio social dos governos peronistas e Moyano foi um dos principais aliados de Kirchner, mas acabou rompendo com ela e acusando o governo de "não dar respostas às reivindicações dos trabalhadores", entre elas, a redução de impostos.

"A confrontação dele (Moyano) afetou o processo diretor da CGT, vemos este processo com muita preocupação", disse Tomada.

A divisão da CGT se soma à da Central de Trabalhadores Argentinos (CTA, esquerda), que reúne majoritariamente funcionários públicos e docentes, também dividida em dois setores opostos quanto à postura ante o governo nacional.

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