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Equador: garantia sueca de não extraditar Assange resolveria impasse com GB

Agência France-Presse
postado em 03/10/2012 06:23
Lima - O presidente do Equador, Rafael Correa, disse essa terça-feira (2/10), na capital peruana, que uma saída para solucionar o impasse diplomático com o Reino Unido por causa do fundador do site Wikileaks, Julian Assange, seria uma garantia da Suécia, que procura o australiano por crimes sexuais, não extraditá-lo para os Estados Unidos.

"A saída para o impasse diplomático por causa do senhor Assange é que lhe deem garantias de que, se for para a Suécia, não será extraditado para os Estados Unidos", disse o chefe de Estado equatoriano, que participa da III Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da América do Sul e Países Árabes (ASPA).



[SAIBAMAIS]Correa destacou que o governo sueco deve garantir um julgamento justo "porque existe um risco para o senhor Assange se for extraditado para os Estados Unidos, onde há senadores que querem acusá-lo pela lei contra o terrorismo, que inclui a pena de morte", afirmou em declarações à emissora RPP.

"Então o que dissemos é que lhe deem as garantias de que não será extraditado a um país terceiro", acrescentou.

Assange está desde 19 de junho na embaixada equatoriana em Londres e em 16 de agosto recebeu asilo do governo equatoriano, que agora quer da Grã-Bretanha um salvoconduto para que o australiano de 41 anos possa deixar a representação diplomática, o que Londres nega.

Correa sustentou haver outras duas formas de resolver o impasse em torno de Assange: "interrogatório de um promotor sueco na própria sede da embaixada do Equador em Londres, o que é perfeitamente factível, ou salvoconduto da Grã-Bretanha para que possa deixar a embaixada do Equador e transferir-se ao país que o aceitar".

O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, afirmou ao jornal oficial El Peruano, que seu país responderá no decorrer desta semana à negativa formal dada pelo Reino Unido ao pedido de salvoconduto para o diretor do Wikileaks.

"Diplomaticamente é como um avanço, embora nos tenham dito não (ao salvoconduto) porque já expuseram seus argumentos a respeito. Isto nos permite apresentar os nossos e nesta semana vamos responder ao Reino Unido", disse Patiño.

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