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Turquia recorre ao Conselho de Segurança após bombardeio sírio

Agência France-Presse
postado em 04/10/2012 06:07
Nova York - A Turquia pediu nessa quarta-feira (3/10) ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que adote as "medidas necessárias" para deter a agressão síria, após um bombardeio que matou cinco pessoas no território turco.

"Este é um ato de agressão por parte da Síria contra a Turquia", disse o embaixador de Ancara na ONU, Ertugrul Apakan, em carta dirigida ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e ao embaixador da Guatemala, Gert Rosenthal, que ocupa a presidência rotativa do Conselho de Segurança.

[SAIBAMAIS]"Isto constitui uma violação flagrante do direito internacional, assim como uma violação da paz e da segurança internacionais. A Turquia exige o fim imediato destas violações", escreveu Apakan.



Na carta, a Turquia pede ao Conselho que "adote as medidas necessárias para acabar com estes atos de agressão e para garantir que a Síria respeite a soberania, a integridade territorial e a segurança da Turquia".

O Conselho divulgará na noite desta quarta-feira um comunicado condenando os disparos da Síria, segundo fontes diplomáticas na ONU.

O Exército turco prosseguia na noite desta quarta-feira disparando com sua artilharia contra posições na Síria, em retaliação ao bombardeio que matou os cinco cidadãos turcos.

Baterias da artilharia turca baseadas em Akcakale, na zona da fronteira, provocavam fortes explosões no lado sírio, informou a Anatólia. Segundo o canal NTV, parte da população de Akcakale foi evacuada por precaução.

A escalada entre os dois vizinhos teve início na tarde de quarta-feira, quando vários disparos de artilharia atingiram Akcakale, diante do posto de fronteira sírio de Tall al Abyad, recente palco de combates entre tropas leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad, e rebeldes do Exército Sírio Livre.

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, admitiu que o Exército bombardeou a Síria como represália pelo ataque a seu território.

Erdogan pedirá ao Parlamento turco que autorize operações militares do lado sírio na fronteira comum, segundo os meios de comunicação em Ancara. A Constituição turca prevê que qualquer operação militar no exterior deve ser autorizada pelo Parlamento.

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