[SAIBAMAIS]Vários tiros de morteiro atingiram na quarta-feira no povoado turco de Akçakale, situado nas imediações do posto fronteiriço sírio de Tall al-Abyad, onde foram travados combates entre as tropas leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad, e os rebeldes do Exército Sírio Livre (ESL). As explosões deixaram cinco civis mortos e 11 feridos em Akçakale.
Turquia respondeu ao ataque com disparos de artilharia contra posições do Exército sírio na quarta-feira à noite e nesta quinta de manhã, e segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), a reação militar turca, dirigida principalmente contra Rasm al-Ghazal, perto de Tall al-Abyad, provocou a morte "de vários soldados sírios".
O Conselho "pede ao governo sírio que respeite totalmente a soberania e a integridade territorial de seus vizinhos" e "apela à moderação". O embaixador da Guatemala, Gert Rosenthal, que preside o Conselho de Segurança durante o mês de outubro, destacou que a mensagem é "dirigida aos dois países", mas a maioria do comunicado se refere à Síria.
"Este incidente ilustra o grave impacto que a crise na Síria tem na segurança de seus vizinhos e na estabilidade e paz da região", conclui o texto. O "comunicado", que é menos severo que uma "resolução" do Conselho, foi publicado apenas algumas horas após tensas negociações entre os sócios ocidentais de Turquia e Rússia, o último um aliado de longa data do regime em Damasco.
Nesta quinta-feira (4/10), a Assembleia Nacional turca, onde o partido do primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, possui uma confortável maioria, autorizou formalmente o governo a realizar operações militares na Síria em nome da "segurança nacional".
O embaixador sírio na ONU, Bashar Jaafari, afirmou que a Síria "não busca uma escalada com nenhum de seus vizinhos, incluindo a Turquia".