Espanha - O jovem espanhol suspeito de querer praticar uma matança em um campus universitário, nos mesmos moldes da ocorrida no instituto americano de Columbine, em 1999, foi condenado a uma pena de prisão sem direito a fiança nesta sexta-feira (5/10) por decisão judicial para evitar que reincida em sua tentativa.
Um juiz de Palma de Mallorca decidiu pela "prisão provisória sem fiança para o jovem detido com materiais explosivos (...) a quem é atribuída a pretensão de atentar contra a Universidade das Ilhas Baleares", informou o tribunal em um comunicado.
O jovem, Juan Manuel Morales Sierra, de 21 anos, havia chegado à tarde ao juizado de instrução número 9 de Palma, no arquipélago mediterrâneo das Baleares, a bordo de uma viatura policial, algemado e escoltado por vários agentes.
O juiz atribuiu a Sierra crimes por "posse de explosivos e tentativa de causar danos" e justificou "a prisão provisória pelo risco de fuga, pela necessidade de proteger as possíveis vítimas pela possibilidade de reiteração do crime e pelo risco de alteração de provas", indicou o comunicado. Considerando que estava "disposto a espalhar bombas na Universidade das Ilhas Baleares, imitando o massacre de Columbine em que dois jovens acabaram com a vida de 13 pessoas", a polícia o deteve na quarta-feira (3/10) quando "recebia mais de 140 quilos de explosivos que havia adquirido na internet".
Nos documentos apreendidos em sua residência, o jovem manifestava "seu ódio à sociedade, especialmente aos estudantes universitários, e sua decisão de colocar estrategicamente bombas tubulares repletas de estilhaços no recinto universitário, admitindo a hipótese de suicídio no decorrer do massacre", indicou a polícia.
A matança no instituto de educação secundária de Columbine, que o governo do Colorado classificou como ponto de inflexão na história desse estado e de todo o país, provocou grande comoção em todo o mundo e suscitou um debate nos Estados Unidos sobre a legislação relativa à venda de armas.