Agência France-Presse
postado em 08/10/2012 20:48
TBILISI - O ex-zagueiro Kakha Kaladze, que jogou dez temporadas no Milan, se prepara para um novo desafio no seu país, a Geórgia, onde assumiu nesta segunda-feira o ministério infraestrutura e desenvolvimento regional.Kaladze, de 34 anos, também deve ser vice-primeiro-ministro no governo de coalizão do bilionário Bidzina Ivanichvili, que venceu as eleições no dia 1; de outubro.
O jogador conquistou a Liga dos Campeões em 2003 e 2007 com o clube ;rossonero;, e pendurou as chuteiras no fim da temporada passada, enquanto defendia o Genoa, para iniciar sua carreira política.
"Quando anunciei o fim da minha carreira de jogador, disse que o jogo mais importante da minha carreira começava agora. Há muito mais desafios na política do que no esporte", declarou Kaladze durante a campanha eleitoral.
O ex-jogador chegou a ser acusado por um canal de televisão local de ter vínculos com a máfia local, mas negou qualquer envolvimento com o mundo do crime. "Não tenho nada a ver com a máfia, nem agora nem no passado", rebateu.
Kaladze, que é sócio majoritário do banco Progress Bank, com sede na capital Tbilissi, foi condenado a pagar uma multa de 7,9 milhões de euros após ter sido acusado de financiamento ilegal de atividades políticas.
Para se defender, ele alegou ter sido vítima de uma armação da parte de partidários de Mikheil Saakachvili, que estava no poder desde 2003 e acabou perdendo a eleição para Ivanichvili.
Kaladze foi eleito deputado no distrito de Samtredia, no oeste da Geórgia.
O ex-zagueiro iniciou sua carreira no Dínamo Tbilissi, onde se sagrou pentacampeão da Geórgia de 1993 a 1998. Logo em seguida, foi para o Dínamo de Kiev, da Ucrânia, onde conquistou três vezes o título nacional.
O Milan o contratou em 2000, por 16 milhões de euros. Em 197 partidas com a camisa do clube ;rossonero;, marcou 12 gols e conquistou o ;Scudetto; em 2004.
Apesar da sua falta de experiência na políca, Kakha Kaladze já disse que pretendia resolver os problemas da população da Geórgia, ex-República Soviética de 4,5 milhões de habitantes.
"Ainda há muitos lugares em que as estradas devem ser melhoradas, assim como o abastecimento de água. Vamos cuidar disso tudo", completou.