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Abbas aceita posição da UE como base para retomar diálogo com Israel

Agência France-Presse
postado em 09/10/2012 17:14

Ramallah - O presidente palestino, Mahmud Abbas, afirmou nesta terça-feira (9/10) aos representantes da União Europeia (UE) que aceita os comunicados do bloco sobre o processo de paz como base para retomar as negociações com Israel.

Abbas concordou com embaixadores e representantes da UE durante um encontro em Ramallah para que "os comunicados da União Europeia sobre sua causa sirvam de base para um retorno às negociações" de paz com Israel, sobretudo no que se refere ao congelamento da colonização israelense, informou a agência oficial WAFA.

"Esperamos que transmitam a seus governos nosso apreço por estas declarações, que utilizaremos para redigir o projeto de resolução palestino que será apresentado às Nações Unidas para obter o estatuto de Estado não-membro na Assembleia Geral da ONU", acrescentou Abbas.

"Estamos abertos ao diálogo com todas as partes internacionais sobre a formulação da demanda palestina" e "foi formado um comitê árabe para redigir o projeto de resolução que deve ser submetido à ONU em novembro", disse.

"Quando tivermos obtido o estatuto de Estado não-membro na Assembleia Geral, estaremos preparados para voltar à mesa de negociações com a parte israelense, para abordar todos os temas sobre o estatuto final", afirmou, reiterando que se tratava de "preservar a solução de dois Estados".

[SAIBAMAIS] Abbas oficializou, no dia 27 de setembro, na ONU, seu projeto para que a Palestina obtenha a condição de Estado não-membro antes do final do ano na Assembleia Geral, onde parece contar com uma maioria simples de votos.

Os dirigentes palestinos exigem, para retomar as negociações de paz interrompidas há dois anos, que Israel encerre a colonização dos territórios ocupados desde 1967 e aceite as fronteiras anteriores à guerra desse ano como base para o diálogo.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeita estas reivindicações e quer negociações "sem condições prévias" e sempre que tenham como objetivo o reconhecimento de Israel como "Estado do povo judeu" e a manutenção sob seu controle de uma parte do futuro Estado palestino, ao que os palestinos se opõem.

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