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Filhos de Fujimori pedem indulto humanitário para ex-presidente peruano

Agência France-Presse
postado em 10/10/2012 19:01

Lima - Um pedido formal de indulto humanitário para o ex-presidente peruano Alberto Fuijimori foi apresentado nesta quarta-feira (10/10) ao governo por seus filhos, argumentando que o pai sofre de um câncer de boca, afirmou sua filha, Keiko Fujimori.

"Acabamos de apresentar o pedido de indulto humanitário para nosso pai, Alberto Fijimori, que está embasado segundo critérios médicos, reunimos toda a patologia das cinco operações que meu pai fez na língua", disse Keiko Fujimori à imprensa presente no local.

Fujimori, de 74 anos, cumpre pena de 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade cometidos durante seu governo (1990-2000).

Seus quatro filhos - Hiro Alberto, Keiko, Sachi e Kenji - apresentaram várias pastas com toda a argumentação do pedido de indulto humanitário ao ministério da Justiça.

Após a apresentação dos documentos, os filhos de Fujimori se dirigiram ao Palácio do governo para entregar uma carta ao presidente Ollanta Humala.

"Vamos entregar uma carta ao presidente Ollanta Humala para informar-lhe que foi apresentada esta solicitação... Será uma carta pessoal dos quatro filhos para que tenha conhecimento que o procedimento foi apresentado", afirmou Keiko Fujimori.

O eventual indulto humanitário ao ex-presidente preso mantém o Peru dividido há semanas e supera o tema de sua saúde para se tornar em debate político, que confronta simpatizantes e críticos do ex-chefe de Estado.



Sua família e partidários sustentam que Fujimori sofre de um câncer que compromete gravemente a sua saúde, razão pela qual precisa do indulto por razões humanitárias.

Os críticos do ;fujimorismo; rejeitam esta possibilidade e avaliam que o câncer na língua de que padece Fujimori não é grave, ao mesmo tempo em que advertem que o pedido de indulto tem conotações políticas e suspeitam de uma possível negociação entre o governo e os fujimoristas.

O primeiro-ministro Juan Jiménez disse dias atrás que "o governo vai tomar distância" da solicitação porque se trata de um assunto "eminentemente médico e não queremos ingerência política para determinar se procede ou não".

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