Agência France-Presse
postado em 12/10/2012 08:38
A criminalização da violação do sagrado não entrará na futura Constituição tunisiana, afirmou nesta sexta-feira à AFP o presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), Mustapha Ben Jaafar, a respeito da reivindicação dos islamitas que dirigem o governo."Não haverá criminalização (da violação do que é sagrado), naturalmente", disse Ben Jaafar, cujo partido de centro-esquerda Ettakatol é um aliado dos islamitas do Ennahda.
"Não se trata de que estejamos de acordo com as violações do sagrado, e sim de que o sagrado é muito difícil de definir. Os limites são confusos e pode ser interpretado em um sentido ou outro, de um excesso ao outro", explicou o presidente da ANC.
De acordo com Ben Jaafar, o partido islamita Ennahda aceitará a posição, apesar do conceito de violação do sagrado integrar o núcleo central de seu programa político.