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ONU condena destruição de oliveiras palestinas por colonos israelenses

Agência France-Presse
postado em 14/10/2012 17:22
Jerusalém - Um enviado especial das Nações Unidas condenou este domingo a destruição de oliveiras pertencentes aos palestinos por colonos isralenses e pediu ao Estado hebraico que puna os responsáveis.

"Estou alarmado com informações sobre ataques repetidos contra agricultores palestinos e a destruição de centenas de oliveiras por colonos israelenses na Cisjordânia, em plena temporada de colheita", afirmou, em um comunicado, o coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Robert Serry.

"Estes atos são condenáveis e peço ao governo israelense que leve os responsáveis à Justiça", acrescentou.

A associação israelense de defesa dos direitos humanos Yesh Din registrou 35 atos de vandalismo contra oliveiras, videiras e árvores frutíferas entre setembro de 2011 e julho de 2012.

Em 99% dos casos, devido à falta de provas, a polícia informou que as queixas não avançaram, informou a ONG.

"O fracasso da polícia em fazer aplicar a lei e proteger as propriedades dos palestinos estimula o avanço do fenômeno, pois os criminosos que seguem impunes não hesitam em recomeçar", criticou Yesh Din.

Mas o porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld, questionou as acusações da associação. "A polícia dobrou os esforços, em particular nas últimas semanas", afirmou à AFP.



"Realizamos uma operação secreta há duas semanas. Três oficiais de polícia vestidos como pastores palestinos foram atacados (por colonos)", afirmou Rosenfeld.

"A polícia israelense deteve quatro pessoas diretamente envolvidas neste ataque", acrescentou o porta-voz.

Dezenas de oliveiras foram incendiadas no sábado no povoado de Qaryut, na Cisjordânia, no sul de Nablus. Em 10 de outubro, mais de uma centena de oliveiras pertencentes a palestinos na cidade de Al Moughayer, na Cisjordânia, foram arrancadas.

A colheita de azeitonas se caracteriza pelas tensões entre colonos judeus e agricultores palestinos na Cisjordânia, onde crescem, segundo a ONG Oxfam, 9,5 milhões de oliveiras.

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