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Premiê britânico pede a Israel paciência nas sanções contra o Irã

Agência France-Presse
postado em 15/10/2012 17:30
Londres - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, pediu que Israel não ataque o Irã militarmente e "dê um tempo para que funcionem" as sanções contra o país, reforçadas horas antes pela União Europeia (UE) no âmbito do embargo comercial contra seu programa nuclear.

"Eu disse ao primeiro-ministro (Benjamin) Netanyahu que não é o momento para que Israel recorra à ação militar", declarou Cameron em discurso feito de última hora na organização anglo-israelense United Jewish Israel Appeal. O premier britânico argumentou que em vista da pressão atual das ruas e dos problemas de seu aliado sírio, "um ataque militar estrangeiro é exatamente a oportunidade que o regime (de Mahmud Ahmadinejad) aproveitaria para unir seu povo contra o inimigo estrangeiro".

[SAIBAMAIS]"Não deveríamos dar a eles esta oportunidade. Precisamos ter a coragem de dar tempo para que estas sanções funcionem", afirmou no dia em que a UE anunciou outro pacote de sanções econômicas e comerciais contra o Irã. Estas novas medidas apontam em particular para os setores energético e financeiro para forçar Teerã a retornar à mesa de negociações para debater o seu polêmico programa nuclear, cujo objetivo puramente civil não é, segundo Cameron, nem "remotamente confiável".



De acordo com o premier britânico, as sanções europeias adotadas até agora tiveram um "impacto que ninguém esperava há um ano", especialmente no desenvolvimento do programa nuclear e nas exportações de petróleo, e, em consequência, na economia. "Uma solução negociada ainda está ao alcance do Irã por enquanto", lembrou Cameron. Ele afirmou, no entanto, que "a longo prazo, se o Irã escolher a opção errada, nada está excluído" que se discuta uma solução militar. "Um Irã com armas nucleares é uma ameaça para Israel e uma ameaça para o mundo. E este país (o Reino Unido) trabalhará sem hesitação para impedir que isto ocorra", concluiu o chefe de governo britânico.

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