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Clinton assume responsabilidade por falhas na segurança em Benghazi

Agência France-Presse
postado em 16/10/2012 06:05
Lima - A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, disse nessa segunda-feira (15/10), em Lima, que assumirá a responsabilidade pelas falhas na segurança que permitiram o ataque ao consulado dos Estados Unidos em Benghazi, no qual morreram quatro funcionários, incluindo o embaixador dos EUA na Líbia, Christopher Stevens, no dia 11 de setembro passado.

"Assumo a responsabilidade", afirmou Clinton durante visita à Lima. "Estou à frente do departamento de Estado, de seus 60 mil funcionários, de outras 275 representações diplomáticas no restante do mundo", afirmou Clinton em uma breve declaração, na qual tentou livrar o presidente Barack Obama de qualquer responsabilidade.

"As decisões sobre a segurança são tomadas por profissionais da área, mas vamos revisar tudo para garantir que estamos fazendo o que é correto diante de uma situação cada vez mais arriscada".



[SAIBAMAIS]Na quarta-feira passada, dois ex-responsáveis de segurança em instalações diplomáticas americanas na Líbia admitiram que o nível de proteção no consulado de Benghazi era insuficiente antes do ataque do 11 de setembro.

O ex-responsável de segurança na Líbia para o departamento de Estado Eric Nordstrom revelou ao Comitê de Supervisão e Reforma Governamental da Câmara de Representantes que "no lugar de receber os recursos que pedia, fui criticado e me disseram para fazer o possível com os meios existentes".

O funcionário contou que pediu a seu superior mais uma dezena de agentes de segurança para a Líbia, "porque acreditava que os talibãs estavam por lá", mas a solicitação foi negada.

Em 16 de setembro, cinco dias após o ataque, a diplomata americana nas Nações Unidas, Susan Rice, afirmou que o ataque em Benghazi não era "organizado ou premeditado", e sim resultado de uma aglomeração "espontânea" surgida contra o filme "A Inocência dos Muçulmanos".

Posteriormente, o departamento de Estado admitiu que o ataque contra o consulado em Benghazi não teve ligação com o filme produzido nos Estados Unidos crítico ao Islã, e que há investigações em curso sobre o envolvimento da Al-Qaeda do Norte da África.

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