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Estados Unidos quer ajudar a Líbia a criar força antiterrorista

Agência France-Presse
postado em 16/10/2012 14:04
Washington - O governo dos Estados Unidos pediu o consentimento do Congresso para designar cerca de 8 milhões de dólares em ajuda à Líbia a fim de criar uma unidade de tropas de elite destinada a combater os grupos extremistas, afirmou nesta terça-feira (16/10) um alto funcionário da Defesa.

Esses fundos serão financiados pelo Pentágono (6,2 milhões de dólares) e o departamento de Estado (1,6 milhão), segundo documentos de ambos os organismos datados de 24 de agosto e 4 de setembro, respectivamente.

O projeto já estava em curso antes do ataque de Benghazi, afirmou à AFP o alto funcionário da Defesa, que pediu anonimato.

A morte do embaixador americano na Líbia, Christopher Stevens, e de três outros americanos no ataque ao consulado em Benghazi, em 11 de setembro passado, gerou uma polêmica sobre as medidas de segurança tomadas pelas autoridades americanas em um país em que atuam vários grupos que se declaram ligados à Al-Qaeda do Magreb Islâmico (Aqmi).

[SAIBAMAIS] Na véspera, a secretária americana de Estado, Hillary Clinton, disse, em Lima, que assumirá a responsabilidade pelas falhas na segurança que permitiram o ataque ao consulado dos Estados Unidos em Benghazi.

"Assumo a responsabilidade", afirmou Clinton às redes de televisão CNN e Fox durante visita à Lima.

"Estou à frente do departamento de Estado, de seus 60 mil funcionários, de outras 275 representações diplomáticas no restante do mundo", afirmou Clinton em uma breve declaração, na qual tentou livrar o presidente Barack Obama de qualquer responsabilidade.



"As decisões sobre a segurança são tomadas por profissionais da área, mas vamos revisar tudo para garantir que estamos fazendo o que é correto diante de uma situação cada vez mais arriscada".

Na quarta-feira passada (10/10), dois ex-responsáveis de segurança em instalações diplomáticas americanas na Líbia admitiram que o nível de proteção no consulado de Benghazi era insuficiente antes do ataque do 11 de setembro.

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