postado em 17/10/2012 09:06
O grupo fundamentalista islâmico Tehrik-i-Taliban Pakistan ; o Talibã paquistanês ; afirmou ontem que a estudante Malala Yousafzai, de 14 anos, merecia a morte. Os extremistas a acusaram de fazer campanha contra a facção radical e de adorar os americanos e ;o maior inimigo do islã, Barack Obama;. ;Por esta espionagem, infiéis dão a ela recompensas e prêmios. E o islã manda matar aqueles que espionam para os nossos inimigos;, declarou o grupo, por meio de um comunicado publicado pela agência Reuters. ;Ela costumava fazer propaganda contra os mujahedin (guerreiros sagrados) para difamar o Talibã. A sharia (lei islâmica) diz que até crianças podem ser mortas se fizerem propaganda contra o islã;, encerrou, justificando o ataque contra a adolescente.
Por sua vez, o presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, fez duras críticas aos talibãs, responsáveis pelo ataque à garota. A ativista foi baleada no ombro e na cabeça por talibãs em Mingora (noroeste), na semana passada. ;O ataque dos talibãs contra essa jovem de 14 anos, que desde os 11 anos está comprometida com a luta pelo direito da educação das meninas, é um ataque contra todas as meninas do Paquistão, um ataque contra a educação e todas as pessoas civilizadas;, declarou Zardari, durante um fórum econômico em Baku, capital do Azerbaijão. ;O trabalho dela era maior aos olhos de Deus do que o que fazem terroristas em nome da religião. Vamos continuar defendendo sua causa notável;, completou.