Agência France-Presse
postado em 17/10/2012 13:36
Colombo - O exército do Sri Lanka libertou o último dirigente separatista dos Tigres do Tâmil, vencidos pelas forças governamentais em maio de 2009, colocando fim a mais de três anos de prisão, anunciou nesta quarta-feira (17/10) o ministério da Defesa.No entanto, a Índia acusa Selvarasa Pathmanathan, detido em agosto de 2009, de ser o principal suspeito da morte do ex-primeiro-ministro Rajiv Gandhi, em 1991. O ex-guerrilheiro é alvo de uma ordem internacional de prisão da Interpol apresentada pela Índia.
Pathmanathan "dirige uma organização não governamental e trabalha pelo bem do povo (...) e está livre para fazer seu trabalho", declarou à imprensa Lakshman Hulugalle, responsável pela comunicação no ministério, que informou que não tem nenhuma conta pendente com a justiça no país.
"Já não está detido", acrescentou em resposta a uma pergunta sobre informações que garantem a presença no norte da ilha deste antigo dirigente separatista. Pathmanathan, que fornecia armas à rebelião, foi designado à frente dos Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE) pelo criador do movimento em 1976, Velupillai Prabhakaran, pouco antes deste ter perdido a vida pelas mãos do exército em 2009.
Esta guerrilha exigia a criação de um Estado independente no norte (região de Jaffna) e no leste (em torno de Trincomalee), o que significa um terço da superfície da ilha. A Índia considera Prabhakaran, de 58 anos, como o principal suspeito da morte de Rajiv Gandhi, assassinado por um homem-bomba do Sri Lanka em maio de 1991 em um encontro político que era realizado no Estado indiano de Tamil Nadu (sul).