Agência France-Presse
postado em 18/10/2012 13:07
Johannesburgo - A administração da gigantesca mina sul-africana de platina de Marikana, onde em 16 de agosto morreram 34 trabalhadores, anunciou nesta quinta-feira (18/10) que os mineiros voltaram a interromper as tarefas em meio a alegações de ameaças da polícia."Temos uma interrupção", disse Sue Vey, porta-voz da empresa Lonmin. "É muito prematuro afirmar que se trata de uma greve. Mas os funcionários não compareceram esta manhã aos níveis subterrâneos, onde deveriam estar", completou. A interrupção parece estar relacionada com a indignação dos trabalhadores por um suposto assédio da polícia nos últimos dias. "Eles estão preocupados. Aconteceram várias detenções durante o fim de semana", disse Zolisa Bodlani, representante dos mineiros.
[SAIBAMAIS]Os trabalhadores retornaram à mina há quase um mês, depois da maior explosão de violência na África do Sul desde o fim do regime do apartheid, o que levou as empresas a aceitar um reajuste de salários. A matança de Marikana provocou uma onda de violentas greves no país. Quarenta e seis pessoas morreram, entre mineiros e policiais.