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Ativistas britânicos fazem vigília por jovem perseguida pelos talibãs

Agência France-Presse
postado em 18/10/2012 13:19
Birmingham - Ativistas britânicos realizaram nesta quinta-feira (18/10) uma vigília por Malala Yousafzai, enquanto médicos afirmaram que o estado da jovem paquistanesa de 14 anos baleada na cabeça pelo grupo talibã permanece estável. A adolescente está sendo tratada em um hospital de Birmingham, no centro da Inglaterra, depois de ter sido levada à Grã-Bretanha na segunda-feira para receber um atendimento especializado.

"O estado de Malala Yousafzai permanece estável. Ela passou uma terceira confortável noite no Hospital Queen Elizabeth, em Birmingham, e os médicos estão satisfeitos com seu progresso até agora", informou o hospital em um comunicado. "Os vários consultores especialistas dos hospitais Queen Elizabeth e Birmingham Children continuam a avaliar seu estado diariamente", explicou.

Sua família permanece no Paquistão, acrescentou o hospital, que também trata os soldados britânicos feridos no Afeganistão. Malala foi baleada em um ônibus escolar no ex-reduto talibã do vale do Swat na semana passada como punição por defender o direito das mulheres à educação, em um ataque que revoltou o mundo. No centro de Birmingham, uma dúzia de ativistas dos grupos Women2Gether e Amina Women;s Group realizou uma vigília em frente aos prédios do governo local.

Os participantes seguraram cartazes com a frase "Eu sou Malala", acenderam velas brancas e colocaram dois buquês de flores brancas e rosas no chão. Uma integrante do Amina Women;s Group afirmou à imprensa: "A corajosa Malala disse o que muitas de nós gostaríamos de dizer mas temos muito medo para isso". "Uma menina de 14 anos defendeu os direitos das mulheres e meninas em uma região onde o fundamentalismo luta para tomar o poder", explicou. "Por causa disso, ela foi baleada na cabeça. Como muitos no mundo, estamos motivados e inspirados por sua coragem e desejamos a ela e aos seus amigos uma recuperação rápida", explicou.

[SAIBAMAIS]Birmingham tem uma comunidade paquistanesa forte, com cerca de 100.000 membros - um décimo da população da cidade. O jornal Birmingham Mail afirmou que muitas pessoas na segunda maior cidade da Grã-Bretanha ofereceram suas casas para a família de Malala enquanto ela está sendo tratada. Um porta-voz do hospital Queen Elizabeth informou ao jornal: "As pessoas estão oferecendo todo tipo de ajuda que podem pensar. Médicos de todo o mundo querem ajudar no hospital".



"Fomos contactados por diversos grupos, que se ofereceram para organizar livros de visita on-line e organizar vigílias", disse. "E recebemos milhares de e-mails e ligações de simpatizantes. Muitos deles querem dar a Malala presentes e cartões", afirmou. Mensagens de apoio foram deixadas no site do hospital, a maioria delas elogiando sua campanha e rezando por sua recuperação. Doações para seu tratamento, que está sendo financiado pelo governo do Paquistão, estão sendo repassadas ao Hospital Queen Elizabeth.

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