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Washington condena um 'atentado terrorista injustificável' no Líbano

Washington - Os Estados Unidos condenaram com veemência nesta sexta-feira o atentado "terrorista" praticado em Beirute, que custou a vida do chefe do serviço de inteligência da Polícia libanesa e de outras sete pessoas, mas sem acusar diretamente o regime da Síria vizinha.


"Nós condenamos nos termos mais fortes o atentado terrorista que matou o chefe do serviço de inteligência das Forças de Segurança Interna (FSI) do Líbano, Wissam al-Hassan", indicou em um comunicado o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano (NSC), Tommy Vietor.

O atentado tinha como alvo o general Wissam al-Hassan, um muçulmano sunita ligado a Saad Hariri, líder da oposição libanesa hostil à Síria.

Este ato suscita temores de uma retomada dos assassinatos de personalidades libanesas contrárias a Damasco ocorridos entre 2005 e 2008. Este ataque também reaviva as preocupações relacionadas a um transbordamento da crise na Síria, antiga potência de tutela do Líbano.

"Nada pode justificar o recurso ao assassinato político", acrescentou Vietor, sem ser mais explícito.

Perguntado se considerava que o atentado está ligado de uma forma ou de outra à guerra na Síria, a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, respondeu: "Nós dizemos há semanas e há meses que tememos uma escalada das tensões, principalmente comunitárias, no Líbano, que causaria um transbordamento do conflito na Síria".

A diplomata disse, entretanto, que não quer fazer nenhum julgamento precipitado antes que as autoridades libanesas determinem quem são os responsáveis pelo atentado.

A Síria, sacudida há 19 meses pela violência, condenou imediatamente um atentado "covarde" e "terrorista" no país vizinho.